Balão meteorológico colide com avião da United Airlines
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Um relatório preliminar da NTSB (Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos EUA) concluiu que um balão meteorológico atingiu o para-brisa de um avião Boeing 737 MAX da United Airlines enquanto ele voava a 36.000 pés (aprox. 11 km) sobre Utah, causando fissuras graves e lançando estilhaços de vidro no cockpit.
O incidente ocorreu em 16 de outubro, durante o voo UA-1093, que partiu de Denver com destino a Los Angeles. O comandante chegou a avistar um objeto no horizonte, mas, antes que pudesse alertar o copiloto, houve uma explosão na cabine: o para-brisa se rompeu e fragmentos se espalharam por todo o espaço. O ocorrido só foi divulgado ao público nesta semana, conforme relata o NY Post
Susto no avião
Apesar do impacto, a pressurização da aeronave se manteve estável. O piloto sofreu múltiplos cortes superficiais no braço direito por causa dos estilhaços, enquanto o copiloto saiu ileso. O próprio comandante realizou os primeiros socorros na cabine e, em seguida, iniciou uma descida controlada. Ele solicitou desvio para Salt Lake City, onde o avião pousou com segurança. Todos os passageiros e tripulantes saíram ilesos. E o para-brisa danificado foi enviado para análise laboratorial pela NTSB.
A empresa responsável pelo balão, WindBorne Systems, informou que havia perdido contato com um de seus balões de sondagem pouco antes do incidente. Os dados mostraram que o equipamento havia partido de Spokane, passado por Oregon e Nevada e estava sobre Utah no momento da colisão.
A NTSB destacou que esse tipo de balão não costuma ter partes rígidas ou metálicas, pois são projetados para serem leves justamente para minimizar danos em caso de impacto. Ainda assim, o para-brisa do avião não resistiu.
Após o incidente, a WindBorne anunciou mudanças de operação: vai limitar a distância de voo entre 30.000 e 40.000 pés, reforçar a coordenação com o controle de tráfego aéreo e redesenhar elementos de seus balões para diminuir o impacto caso haja futuras colisões.