Casa onde os irmãos Menendez assassinaram os pais é vendida por R$ 84 milhões

Em agosto de 1986, os irmãos Lyle e Erik Menendez assassinaram seus pais a sangue-frio na mansão da família em Beverly Hills. Quase quatro décadas após os crimes, o imóvel colossal acaba de ser vendido por 17 milhões de dólares (cerca de R$ 84 milhões). 

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A ampla villa em estilo mediterrâneo, que possui sete quartos, foi anunciada para venda em dezembro do ano passado. Na ocasião, seu preço foi listado por pouco menos de 20 milhões, mas após a redução de preço, o endereço foi ofertado na última quarta-feira, 20, segundo o portal imobiliário Realtor. 

Presidente da Strategic Property Analytics e avaliador forense, Orell Anderson, estimou que a mansão foi vendida cerca de 25% abaixo de seu valor de mercado. "É realmente o mau vodu que surge quando se compra uma casa para morar com sua família e que pode assustar as pessoas", disse ao portal. 

Quase sempre há desconto, mas às vezes é comprado por pessoas que não se incomodam com essas coisas". 

Até então, a mansão pertencia ao executivo de telecomunicações Sam Delug, que a comprou em 2001 por 3,7 milhões de dólares. A casa ainda inclui piscina, quadra de tênis provativa e pousada de dois andares. Não se sabe a identidade do novo comprador. 

Cena de um crime

A notória mansão de Beverly Hills foi construída em 1927, mas redesenhada por um amigo da família Menendez, Mark Slotkin, em 1984, conforme repercute o NY Post. Slotkin vendeu a casa para José Menendez, pai dos irmãos, em 1988, por quatro milhões. 

Slotkin teve um papel fundamental no julgamento de Erik e Lyle Menendez, testemunhando em favor da defesa sobre o isolamento acústico que instalou na mansão — contestando as alegações de uma empregada que disse que havia ouvido gritos de discussões familiares, repercute o Realtor. 

Jose e Kitty Menendez foram mortos a tiros no escritório da mansão da família em 20 de agosto de 1989. Inicialmente, as investigações tratavam os assassinatos a um possível ataque da máfia, mas os irmãos acabaram sendo implicados no assassinato cruel de seus pais.

Conforme o NY Post, os irmãos Menendez nunca negaram ter matado seus mais. Em defesa, eles alegaram que eram regularmente agredidos sexualmente pelo pai enquanto viviam num estado de medo constante.

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A alegação levou a defesa a argumentar que eles "não podiam abrigar o estado mental necessário para homicídio em primeiro grau e, portanto, eram culpados de homicídio culposo", recorda o Post.

Apesar das alegações da defesa, um júri de Los Angeles considerou os irmãos culpados de assassinato em primeiro grau, e ambos cumprem penas de prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional. Ambos permaneceram na prisão após as sentenças de 20 de março de 1996.