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Como a grande pirâmide de Cholula foi confundida com uma montanha
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Como a grande pirâmide de Cholula foi confundida com uma montanha

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Aventuras Na História
03/12/2022 20h00
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©Foto por Janice Waltzer pelo Wikimedia Commons
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No último mês de novembro, uma produção da Netflix passou relativamente despercebida, mas aqueles que decidiram se aventurar por ela definitivamente não se arrependeram, isso se não ficaram até mais curiosos querendo entender mais sobre os assuntos mencionados. A produção em questão é 'Revelações Pré-Históricas', produzida pela Netflix e apresentada pelo jornalista Graham Hancock.

De acordo com a sinopse, "o jornalista Graham Hancock viaja mundo afora em busca de indícios de civilizações misteriosas perdidas desde a última Era do Gelo". Logo, não se espanta tamanha curiosidade por parte de alguns espectadores, visto que essas sociedades do passado são bem pouco conhecidas por muitos, e extremamente intrigantes devido toda sua riqueza cultural. 

Visto isso, especialmente no segundo episódio de 'Revelações Pré-Históricas', é possível conhecer a cidade mexicana de Cholula, também conhecida por ser a cidade continuamente habitada mais antiga do México. Lá, Hancock examina a pirâmide de Cholula, em busca de indícios de um passado esquecido. 

A Grande Pirâmide de Cholula

A Grande Pirâmide de Cholula (ou Grande Pirâmide de Tepanapa, como também é conhecida), foi originalmente construída há mais de 2 mil anos, mas hoje intriga arqueólogos e até mesmo leigos no assunto em todo o mundo por um simples detalhe: seu tamanho colossal.

A grande e antiga obra arquitetônica asteca, apesar de ser a maior pirâmide do mundo — mesmo se considerando as mais famosas, as egípcias —, passou grande parte de sua história sem nem mesmo ser conhecida. Isso por um 'pequeno' detalhe: ela era confundida com uma colina.

De tão bem escondida, que quando os colonizadores espanhóis dominaram o território de Cholula, em 1519, se ocuparam tanto com a dizimação dos povos originários e seus locais sagrados mais visíveis, que nem mesmo reconheceram a pirâmide, escondida sobre terra, arbustos, grama e árvores. Então, no topo daquela 'colina', construíram ainda um dos maiores símbolos do processo colonizatório: uma igreja.

Durante as muitas mudanças de poder pré-colombianas no México, a própria pirâmide caiu em desuso em favor de outras estruturas, como um dos muitos altares de sacrifício no local de dez acres.

Logo, não está claro se foi devido ao desuso que a pirâmide ficou coberta de arbustos, ou se, quando os astecas perceberam a chegada iminente dos espanhóis, os cholulanos literalmente enterraram a pirâmide em um último esforço comunitário para preservar o enorme templo.

Fotografia da Grande Pirâmide de Cholula soterrada e com uma igreja no topo
Fotografia da Grande Pirâmide de Cholula soterrada e com uma igreja no topo / Crédito: Foto por Janice Waltzer pelo Wikimedia Commons

Igreja e descoberta

A igreja construída há mais de 500 anos é conhecida como 'La Iglesia de los Remedios' ('A Igreja dos Remédios', em português), e segue em pé até os dias de hoje. Porém, algo que começou a cair com o tempo foi toda a sujeira colocada para esconder a pirâmide, e eventualmente a estrutura colossal se revelou para os arqueólogos.

Lá, escadas, plataformas, altares e mais de oito quilômetros de túneis serpenteando pelas entranhas da estrutura podem ser observados, de forma que uma página apagada, quase esquecida, da história da América-Latina, se revela.

O local e sua rede de túneis estão abertos aos visitantes para visitas guiadas e não guiadas, embora seja aconselhável limitar a exploração dos túneis durante o dia, conforme o portal Atlas Obscura.

Fotografia de túnel interno da Grande Pirâmide de Cholula
Fotografia de túnel interno da Grande Pirâmide de Cholula / Crédito: Foto por diego_cue pelo Wikimedia Commons

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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