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Confira as 8 maiores descobertas arqueológicas de 2025 — até o momento
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Confira as 8 maiores descobertas arqueológicas de 2025 — até o momento

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Aventuras Na História
09/07/2025 12h23
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©Divulgação/Instituto de Relíquias Culturais e Arqueologia de Yunnan / Divulgação/Museu Nacional da Civilização Egípcia / Divulgação/Zona Arqueológica Caral
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Todos os anos, as pesquisas no campo da Arqueologia se mostram bastante frutíferas, de forma que, embora nem sempre alcancem aqueles que não se interessam tanto no assunto, ainda assim achados importantes ocorrem com frequência, revelando mais detalhes sobre o passado de diferentes regiões. 

Sendo o mundo um lugar tão grande, toda semana é possível se deparar com alguma descoberta arqueológica interessante, desde a América do Sul ao Egito e China. Confira a seguir algumas das 5 maiores descobertas arqueológicas feitas neste ano de 2025, até o momento:

1. Túmulo de Tutmés II

Múmia e túmulo do faráo Tutmés II / Crédito: Museu Nacional da Civilização Egípcia

Em fevereiro, autoridades do Egito anunciaram uma descoberta verdadeiramente impressionante: durante escavações em Temas, a oeste do Rio Nilo e Luxor, arqueólogos descobriram o último túmulo faltante dos faraós da Décima Oitava Dinastia do Egito Antigo, pertencente ao faraó Tutmés II.

Embora o estado de conservação do túmulo não estivesse bom, essa é uma das descobertas mais importantes da história recente do Egito, acontecendo mais de um século após a descoberta dos restos mortais do rei Tutancâmon.

Porém, os restos mortais de Tutmés II já foram encontrados antes, no século 19, em um local próximo e separado — sendo movido provavelmente para evitar saqueadores. A múmia de Tutmés II está exposta no Museu Nacional da Civilização Egípcia.


2. Espada celta com suástica

Espada celta com decoração de suástica / Crédito: Divulgação/Inrap/Flore Giraud

Outro achado que chamou atenção neste ano ocorreu na França, quando arqueólogos descobriram uma necrópole celta da Idade do Ferro que, quando escavada, revelou uma impressionante espada de 2.300 anos.

O artefato desperta curiosidade, não só devido ao seu estado de conservação, como também por seus adornos, que incluem pasta de vidro e gravuras de suástica.

Infelizmente, nenhum esqueleto foi encontrado no local, mas a necrópole ainda revelou vários artefatos de metal, como pulseiras de liga de cobre, e um pequeno vaso funerário. Porém, a espada é classificada pelos pesquisadores como "o objeto mais espetacular da necrópole", sendo atribuída ao fim do século 4 a.C., ou início de do século 3 a.C..


3. Mahanaim

Fotografia aérea do sítio arqueológico de Tall adh-Dhahab al-Gharbi / Crédito: Divulgação/Israel Finkelstein

Na Jordânia, escavações no sítio arqueológico de Tall adh-Dhahab al-Gharbi, da Idade do Ferro, arqueólogos descobriram que o local pode ser, na verdade, um ponto de destaque mencionado na Bíblia hebraica e associado ao Reino de Israel: Mahanaim. Essa palavra, vale mencionar, significa "dois acampamentos" em hebraico antigo, isso porque Mahanaim está intimamente relacionado a outro sítio bíblico chamado Penuel.

Passagens das escrituras indicam que Mahanaim e Penual eram próximas uma da outra e, segundo os especialistas, o sítio menor de Tall adh-Dhahab esh-Sharqi, localizado a poucos quilômetros de distância, pode ser a própria Penuel.

Na Bíblia, é mencionado que o rei Davi se refugiou em Mahanaim durante uma guerra contra Absalão, sendo assim um importante ponto da trajetória do rei judeu.


4. Artefatos históricos no Macapá

Artefatos históricos raros descobertos em Macapá / Crédito: Divulgação/Agência Macapá

Em meio a obras para a construção do Parque Residência, em Macapá, capital do Amapá, foram desenterrados uma série de artefatos históricos raros que nos revelam mais sobre os povos ancestrais que viveram no Brasil. Foram encontrados itens como moedas e cachimbos, que remetem a um período anterior às primeiras ocupações conhecidas na região, que datam de cerca de 1750.

Esses achados remetem ao período de implementação da Vila de São de Macapá, com moedas de bolso e cachimbos holandeses, que atestam o contato comercial entre os nativos e colonizadores europeus na região. Porém, eles também atestam práticas e costumes dos próprios ameríndios, que utilizavam os cachimbos para uso do tabaco e outras substâncias que eram parte do cotidiano.


5. Família de Pompeia

Estrado de cama encostado na entrada / Crédito: Divulgação/Pompeii Archaeological Park

Em meio ao que já é uma das descobertas arqueológicas mais importantes da história, arqueólogos descobriram neste ano em Pompeia vestígios de momentos de desespero vividos por uma família no fatídico dia da erupção do Monte Vesúvio, em 79 d.C.. Em uma casa parcialmente escavada na Via del Vesuvio, os achados revelam a tentativa desesperada de sobrevivência.

Encostada contra a porta de um pequeno quarto, uma cama foi utilizada pelos moradores daquela casa como uma barreira improvisada para se protegerem das cinzas. Porém, o destino foi trágico com a família: no mesmo local, estavam os restos mortais de pelo menos quatro pessoas, entre elas uma criança.


6. Linhagem humana desconhecida

Registro do esqueleto de Xingyi_EN / Crédito: Divulgação/Instituto de Relíquias Culturais e Arqueologia de Yunnan

Uma expedição recente no sítio arqueológico de Xingyi, na província de Yunnan, descobriu os restos de um esqueleto humano feminino de cerca de 7.100 anos que chamou grande atenção por seu perfil genético único. Batizado de Xingyi_EN, acredita-se que ele tenha fornecido aos pesquisadores pistas importantes sobre uma misteriosa linhagem humana desconhecida, que pode ajudar a compreender melhor as origens do povo tibetano.

Uma análise de DNA dos restos mortais revelou que o esqueleto não possui muita semelhança com outras populações do leste ou do sul da Ásia, sendo uma linhagem "profundamente divergente" que seguiu isolada por milhares de anos. O grupo foi nomeado como linhagem Xingyi da Ásia Basal, e acredita-se que ele se separou de outros agrupamentos humanos há pelo menos 40 mil anos.

Agora, embora a descoberta certamente seja bastante significativa, cientistas ainda pedem cautela, visto que a evidência genética vem de apenas um indivíduo. Dessa forma, ainda são necessárias novas escavações e análises para compreender melhor o papel dessa linhagem na história evolutiva dos povos asiáticos.


7. Construtores da Pirâmide de Quéops

Pirâmides de Gizé (a de Quéops é a maior, ao centro) / Crédito: Getty Images

Recentemente, arqueólogos egípcios descobriram dentro da Grande Pirâmide, uma das pirâmides de Gizé, associada ao faraó Quéops, novas inscrições que confirmam a identidade dos verdadeiros construtores do monumento. E, com isso, foi desmentido de vez a antiga crença de que a pirâmide foi erguida por milhares de escravos.

No estudo, a equipe encontrou inscrições e marcas de trabalhadores em câmaras logo acima da chamada Câmada do Rei. Datadas de cerca de 4.500 anos, elas indicam que a pirâmide foi erguida por equipes organizadas de trabalhadores qualificados, que também eram pagos e bem alimentados durante o processo. Eles viviam em uma cidade planejada ao leste da pirâmide, onde foram encontrados instalações para panificação e armazenamento de alimentos suficientes para alimentar até 10.000 pessoas por dia.

Além disso, vale mencionar a descoberta de túmulos ao sul da pirâmide com ferramentas, estátuas e hieróglifos como "supervisor da lateral da pirâmide", o que reforça a importância social desses trabalhadores na antiga sociedade egípcia.


8. Peñico

Fotografia aérea de estrutura de Peñico / Crédito: Divulgação/Zona Arqueológica Caral

Próximo à região em que floresceu a civilização Caral, considerada a mais antiga das Américas, arqueólogos descobriram uma antiga cidade de 3.500 anos no Peru. Batizado de Peñico, o sítio arqueológico foi, no passado, um importante centro urbano e comercial, que conectava culturas da costa peruana com os Andes e a Amazônia, revelando um passado de trocas culturais intensas e sofisticadas, e podendo reescrever parte da história das primeiras civilizações da América.

Segundo os pesquisadores, Peñico emergiu após a decadência de Caral, e desempenhou um papel crucial na reorganização social e econômica do período. Os arqueólogos descobriram uma estrutura circular no terraço de uma encosta, rodeada por edifícios de pedra e templos cerimoniais. Ao todo, foram encontradas 18 estruturas, que incluem complexos residenciais, praças com relevos esculturais, figuras humanas e animais feitas de argila e colares confeccionados com contas e conchas, o que indica a riqueza simbólica e artesanal do local.

Outro elemento de destaque encontrado foi a representação do Pututu, uma trombeta cerimonial feita com concha, capaz de emitir sons a longas distâncias. Um símbolo de comunicação e ritual, o instrumento reforça a importância da religiosidade no passado de Peñico — que também representa um elo entre a civilização de Caral e as culturas posteriores no Peru antigo.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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