Junho de 2025 foi o 3º mês mais quente da história, alertam cientistas

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O mês de junho de 2025 foi marcado como o terceiro junho mais quente já registrado globalmente, de acordo com dados divulgados pelo observatório europeu Copernicus. A temperatura média do ar no planeta foi de 16,46°C, representando um aumento de 0,47°C em relação à média histórica para o mês. Embora não tenha batido os recordes estabelecidos em 2024 e 2023, os cientistas enfatizam a preocupante tendência de aquecimento que permanece constante, com impactos cada vez mais visíveis.
O comunicado divulgado pelo Copernicus ressaltou que junho de 2025 se destacou pelas temperaturas extremas registradas nos dois hemisférios. Enquanto diversas regiões da Europa, América do Norte, Ásia Central e partes da Antártica Ocidental enfrentaram temperaturas acima da média, locais do Hemisfério Sul, como Argentina e Chile, se depararam com um frio fora do comum para a época. O instituto alerta que essas anomalias na temperatura do ar refletem um desequilíbrio crescente no sistema climático global.
Freya Vamborg, cientista climática da Copernicus, destacou à agência de notícias Reuters que foram observadas duas ondas de calor durante a segunda metade de junho, começando na Península Ibérica e se deslocando para nordeste, atingindo países como França, Reino Unido e Alemanha. Além disso, a temperatura da superfície do mar na parte ocidental do Mediterrâneo continuou aumentando ao longo do mês, resultando em um aumento do estresse térmico. O relatório também aponta que globalmente, junho de 2025 foi 0,20°C mais frio do que o recorde estabelecido em junho de 2024 e 0,06°C mais frio do que junho de 2023.
Para os cientistas, o padrão climático recorrente conhecido como "El Niño Oscilação Sul" (ENSO) pode influenciar variações nas temperaturas globais. O Copernicus, integrante do Centro Europeu de Previsões Meteorológicas de Médio Prazo (ECMWF), destaca que os eventos de extremos climáticos, como calor intenso de um lado e frio anormal do outro, refletem o desequilíbrio cada vez mais evidente no sistema climático do planeta. Diante desse cenário, a tendência de aquecimento global persistente gera impactos significativos na saúde humana, agricultura, ecossistemas e economia.


