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'Congonhas: Tragédia Anunciada': Relembre o outro acidente da TAM que abalou o Brasil
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'Congonhas: Tragédia Anunciada': Relembre o outro acidente da TAM que abalou o Brasil

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Aventuras Na História
26/04/2025 14h00
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©Divulgação/Netflix e Divulgação/Jorge Tadeu da Silva
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Dividido em três episódios, 'Congonhas: Tragédia Anunciada' recorda o acidente aéreo do voo TAM 3054. Em 17 de junho de 2007, a aeronave não freou corretamente durante o pouso, ultrapassou a pista e só parou após cruzar a avenida Washington Luis e colidir contra um prédio da própria companhia aérea.

Todos as 187 pessoas que estavam a bordo (181 passageiros e seis tripulantes) morreram; além de doze pessoas que estavam em solo. As 199 mortes fazem do episódio o maior acidente aéreo brasileiro e da América Latina. 

Porém, como recorda o documentário da Netflix, que atualmente é a produção mais assistida dentro da plataforma, este não foi o único acidente aéreo envolvendo a TAM e o aeroporto de Congonhas. 

Em 31 de outubro de 1996, um Fokker 100 da companhia aérea caiu apenas 24 segundos depois de sua decolagem em Congonhas; relembre o trágico episódio!

O outro acidente da TAM

Aquela manhã de quinta-feira, em 31 de outubro de 1996, parecia como qualquer outra para moradores da Rua Luís Orsini de Castro, no bairro Jabaquara, na capital paulista. Entretanto, às 8h27 foram surpreendidos quando uma aeronave da TAM caiu sobre as casas. 

Os imóveis foram atingidos por um Fokker 100 da TAM Linhas Aéreas que cumpria o voo TAM 402; que caiu apenas 24 segundos depois de decolar do Aeroporto de Congonhas — e tinha como destino o Rio de Janeiro. 

A queda do avião causou a morte das 96 pessoas que estavam na aeronave (90 passageiros e seis tripulantes) além de três pessoas que estavam em solo. A tragédia se tornou um marco na história da aviação brasileira.

O modelo Fokker 100 era uma das aeronaves mais modernas e confiantes da companhia aérea. Além do mais, o modelo, de registro PT-MRK, era relativamente novo: fabricado apenas três anos antes da tragédia. A mesma aeronave já havia voado mais de 8 mil horas sem apresentar problemas. 

Os pilotos também eram experientes. José Antônio Moreno, de 35 anos, totalizava nove mil horas de voo, sendo três mil delas no Fokker 100. Já co-piloto, Ricardo Luís Gomes Martins, de 28, tinha quatro mil horas de voo. Ms tudo mudou durante aquele voo.

Detalhes do acidente

Antes de partir para o Rio de Janeiro, o voo 402 da TAM já havia acabado de chegar do Rio Grande do Sul. Portanto, Congonhas seria apenas uma breve pausa antes de seguir viagem às terras cariocas.

O trajeto até São Paulo, porém, já havia ligado um alerta no piloto; que registrou um problema na falta de sincronização da potência dos motores durante o primeiro trajeto, contudo, ignorou o sinal, acreditando que poderia controlar o erro manualmente.

Quando iniciou a decolagem de Congonhas, um alarme soou na cabine; o que fez os pilotos pensarem se tratar de uma inoperância no autothrottle — ferramenta que regula a potência dos motores do avião manualmente, dosando na medida certa a aceleração para obter a velocidade pré-selecionada. Estavam enganados. 

Quando o Fokker 100 atingiu 242 quilômetros por hora, a aeronave decolou normalmente, mas as conchas do reverso do motor da direita se abriram. O reversor é o equipamento que se abre para ajudar a aeronave a desacelerar, usado durante o pouso de uma aeronave. Mas naquele dia foi diferente. 

O mau funcionamento fez com que o freio fosse acionado no justo momento em que a aeronave precisaria ganhar aceleração para se sustentar no ar. Assim, apenas 40 metros depois de decolar, ela perdeu sua sustentação e caiu. 

Embora experientes, piloto e co-piloto não tinham treinamento adequado para esse tipo de situação, já que as chances de que isso ocorresse eram raríssimas. A tragédia transformou o bairro do Jabaquara em um verdadeiro cenário de guerra. 

Ele [avião] pegou a minha [casa] na parte da frente. Na dos meus pais, um pouco mais a estrutura da frente. Na terceira casa, a parte principal da fuselagem caiu. E o cockpit do avião, a ponta do avião, percorreu mais cinco ou seis casas cortando elas pelo meio. Imagine um cenário de destruição, muito fogo. O avião havia acabado de decolar e estava com o tanque cheio. Estava abastecido para o voo até o Rio de Janeiro", relembrou o morador Jorge Tadeu da Silva em entrevista à Agência Brasil.

"A primeira visão que eu tive foi essa: de uma cena clichê de um bombardeio de guerra ou algo assim. Era muito fogo, muita fumaça preta. Você via os destroços, mas não conseguia ver o que que era, na hora", completou.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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