Dinamarca reage à fala de Trump sobre compra da Groenlândia

Aventuras Na História






Nesta quarta-feira, 5, o ministro da Defesa da Dinamarca, Trouls Lund Poulsen, rebateu as declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre a tomada de posse da Groenlândia.
Isso não vai acontecer. O caminho que a Groenlândia irá tomar será decidido pelos groenlandeses”, declarou Poulsen à emissora pública DR.
Maior ilha do Ártico, a Groenlândia pertence à Coroa da Dinamarca, mas possui um governo autônomo com amplos poderes. A região tem grande importância estratégica e pode conter vastas reservas inexploradas de minerais e petróleo, repercute a AFP.
Em um discurso no Congresso na noite de terça-feira, 4, Trump afirmou que a incorporação da ilha ao território americano é fundamental para a "segurança global" e sugeriu que Washington alcançaria esse objetivo.
Nós realmente precisamos disso para a segurança global internacional [...] e acho que vamos conseguir. De uma forma ou de outra, vamos conseguir. Nós os manteremos seguros, os tornaremos ricos e, juntos, levaremos a Groenlândia a patamares que vocês nunca imaginaram ser possíveis”, afirmou Trump a deputados e senadores.
Sob disputa
O primeiro-ministro da Groenlândia, Múte B. Egede, também rejeitou os comentários do presidente americano, reafirmando que a ilha “pertence aos groenlandeses” e descartando qualquer possibilidade de negociação.
Em publicação no Facebook, Egede enfatizou que o território “não está à venda” nem pode ser “simplesmente tomado”. “Não queremos ser americanos, nem dinamarqueses, somos groenlandeses. Isso deve ser entendido pelos americanos e seus líderes”, destacou.
Com eleições parlamentares marcadas para 11 de março, o Legislativo da Groenlândia aprovou uma lei que proíbe partidos políticos de receber doações anônimas ou estrangeiras, em resposta a preocupações sobre possível interferência externa no pleito, informou a AFP.


