DNA revela possível origem escocesa dos reis medievais da Polônia

Aventuras Na História






Pesquisadores poloneses descobriram indícios de que os primeiros reis da Polônia podem ter origens fora do país. Um estudo recente, conduzido pelo Instituto de Bioquímica Bioorgânica da Academia de Ciências da Polônia, analisou o DNA de cerca de 30 indivíduos ligados à dinastia Piast e encontrou traços genéticos que apontam para uma possível ancestralidade escocesa.
A dinastia Piast foi a primeira casa real da Polônia, governando o país entre os séculos 9 e 14. Até hoje, historiadores acreditavam que os reis Piast tinham raízes locais ou, no máximo, escandinavas. No entanto, o novo estudo sugere uma conexão inesperada com populações medievais do norte da Grã-Bretanha.
Os cientistas analisaram restos mortais encontrados em tumbas reais e nobres em diversas regiões da Polônia, incluindo Mazóvia e Silésia. O foco da pesquisa foi o cromossomo Y, herdado exclusivamente pela linha masculina.
Implicações
Os resultados indicaram que alguns membros da dinastia compartilham marcadores genéticos semelhantes aos de povos escoceses do século 5 ou 6, possivelmente relacionados aos antigos pictos.
Não há dúvida de que estamos lidando com Piasts genuínos”, afirmou ao The Independent o professor Marek Figlerowicz, líder da pesquisa.
Apesar dos dados, os pesquisadores alertam que as conclusões ainda são preliminares. É necessário ampliar o número de amostras analisadas para confirmar a hipótese e descartar a possibilidade de miscigenação posterior com linhagens estrangeiras. Um estudo anterior publicado na Scientific Reports já traçou algumas análises sobre essa ancestralidade.
Os próximos passos do estudo incluem o exame de mais túmulos atribuídos à dinastia Piast e o uso de tecnologias avançadas de sequenciamento para reconstruir detalhes sobre a aparência, saúde e hábitos dos antigos reis poloneses.


