Equador: Grupo armado invade programa de TV e rende funcionários ao vivo

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Nesta terça-feira, 9, uma transmissão ao vivo da emissora TC, de Guayaquil, no Equador, foi interrompida quando um grupo de homens encapuzados invadiu o estúdio de filmagem e obrigou os funcionários a se renderem em meio a gritos de desespero.
Na gravação, é possível observar que o bando portava armas e explosivos enquanto ameaçava os profissionais da emissora de televisão. Momentos depois, unidades especiais da polícia nacional cercaram o local e retiraram os funcionários em segurança.
Conforme repercutido pelo jornal Folha de S. Paulo, o ocorrido se deu horas depois de uma série de incidentes durante a madrugada de terça-feira, que a imprensa local chamou de “noite do terror”. Vários carros-bomba e explosivos foram detonados em diferentes cidades do país, em aparentes atos coordenados, e quatro policiais foram sequestrados, mas nenhuma morte foi registrada.
Estes ataques ocorreram em meio a uma onde de violência no país, após a fuga da prisão de Fito, líder da principal quadrilha narcotraficante do Equador, conhecida como Los Choneros. Em meio aos caos, Daniel Noboa, presidente do país, declarou estado de exceção.
Ameaças e intervenções
Um vídeo não verificado pelas agências de notícias exibe três policiais sentados no chão após os sequestros. Um deles é coagido a ler uma mensagem ao presidente: “Foi declarada guerra e haverá retaliação. O estado de emergência foi proclamado por Vossa Excelência; consequentemente, consideramos a polícia, civis e militares como alvos de conflito. Qualquer indivíduo identificado nas ruas após as 23h estará sujeito a penalidades extremas”.
Os sequestros tiveram início quando Noboa, que lida com sua primeira crise desde que assumiu a presidência em novembro de 2023, anunciou que todo o país estaria sob estado de exceção por 60 dias, medida que inclui um toque de recolher entre 23h e 5h.
Segundo o presidente, as Forças Armadas possuem carta-branca para intervir no sistema prisional equatoriano. “Não negociaremos com terroristas nem descansaremos enquanto não devolvermos a paz aos equatorianos”, afirmou Daniel Noboa em suas redes sociais.



