Horridus: A história de um dos fósseis de dinossauro mais impressionantes da História

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Ao redor mundo, anualmente são feitas escavações que revelam detalhes fascinantes sobre aqueles que habitaram a Terra antes mesmo de nós, dinossauros e animais já extintos, através da Paleontologia.
E em 2014, o paleontólogo Craig Pfister caminhava num cume de arenito em Montana, nos Estados Unidos, quando, de repente, tropeçou no que logo identificou serem partes de uma pélvis e osso de fêmur de algum animal grande no chão, informa a CNN Internacional.
O que ele não esperava é que, nos meses que se seguiram, acabaria escavando o que é considerado hoje um dos mais completos esqueletos de Triceratops já encontrados no mundo.
Naquela época, eu suspeitava ou esperava que fosse algo especial, mas levou mais um mês de escavação antes que eu soubesse a extensão e a qualidade dele", relatou Pfister em comunicado do Museums Victoria, a maior organização de museus públicos da Austrália.
Após a descoberta, Pfister passou mais de um ano escavando aquele esqueleto com um casal de colegas, mas completada essa longa tarefa, perceberam a notoriedade da descoberta: ali, havia mais de 266 ossos de Triceratops.

Tesouro paleontológico
Craig Pfister nomeou aquela criatura como Horridus, em referência ao nome completo daquela espécie, Triceratops horridus, que viveu na Terra há 67 milhões de anos.
O esqueleto encontrado era fascinante; com 2,5 metros de altura e 7 metros de comprimento, estima-se que o dinossauro pesasse cerca de mil quilos e que estava quase 90% completo.
Além disso, somente seu crânio já é motivo de destaque: está 98% completo, apresentando três chifres e sua majestosa crista — a tábua óssea plana característica do topo das cabeças dos Triceratops, que possivelmente colaborava para o animal se proteger de predadores ou mesmo atrair companheiros, segundo explica Erich Fitzgerald, curador sênior de paleontologia de vertebrados no Museums Victoria.
Proprietário da Great Plains Paleontology, uma empresa de paleontologia sediada em Madison, no estado norte-americano de Wisconsin, Pfister já buscava por fósseis na sua empreitada de 2014, e esperava que pudesse encontrar algo naquela área.
Em menos de 30 anos de carreira, ele já havia conseguido destaque na área: foi o responsável por descobrir vários espécimes de Tyrannosaurus rex e outros dinossauros raros.
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Preservação
Conforme repercute a CNN, ainda é um mistério como aquele grande herbívoro permaneceu tão bem preservado após tantos anos. Porém, Fitzgerald tem uma teoria.
Suspeito que a carcaça foi carregada intacta a um canal de rio, afundou rapidamente e depois foi coberta por areia e lama no leito", explica o curador, que também menciona a possibilidade até mesmo de o animal ter morrido na água.
Porém, apesar do alto nível de preservação, os paleontólogos não podem decifrar ainda o sexo de Horridus, nem de qualquer outro dinossauro, o que ainda é um mistério a ser desvendado por cientistas.
"Enquanto isso, são esses mistérios duradouros que continuam a estimular os paleontólogos a descobrir mais sobre o passado de nosso planeta e a despertar o fascínio em todos nós", acrescenta Fitzgerald em comunicado.
Quem se interessar por Horridus, pode observá-lo em sua nova casa, no Museu de Melbourne, parte permanente da colação, além de ainda ser alvo de pesquisas científicas. E caso você não possa ir até a Austrália, os ossos de Horridus também podem ser examinados em um modelo 3D online clicando aqui.


