Incêndios obrigam pessoas a fugirem de suas casas na ilha de Creta, na Grécia

Hoje, o mundo vive um cenário que evidencia claramente os impactos das mudanças climáticas. Enquanto na América do Sul temperaturas baixas vêm atingindo recordes com relação aos últimos anos, na Europa, agora vê-se uma onda de calor que levou algumas regiões a emitirem estado de alerta, sem mencionar na propagação de incêndios florestais.

E nesta quinta-feira, 3, centenas de bombeiros se mobilizaram para combater um incêndio na ilha de Creta, na Grécia, que queimou várias áreas de florestas e olivais. Além disso, mais de mil pessoas precisaram sair de suas casas, o que ressalta a vulnerabilidade da região a eventos climáticos do tipo.

Conforme repercute a CNN Brasil, pelo menos 230 bombeiros, com 46 veículos e helicópteros, se mobilizaram para conter o fogo que iniciou na quarta-feira, 2, perto da cidade de Ierápetra. Porém, os fortes ventos da região espalharam as chamas, atingindo casas e hotéis — mas, felizmente, sem deixar nenhum ferido, segundo relatado pela mídia local.

Porém, dezenas de moradores e turistas precisaram ser retirados de certas áreas, e foram transferidos para um abrigo temporário estabelecido em um estádio coberto em Ierápetra. Além destes, vários outros optaram por deixar Creta, saindo em barcos, segundo as autoridades.

George Tsapakos, vice-governador da proteção civil de Creta, disse à emissora pública ERT que "três assentamentos foram esvaziados e mais de mil pessoas deixaram suas casas. Alguns foram levados para centros de saúde com problemas respiratórios".

Contendo as chamas

A ERT também repercutiu imagens de um bombardeiro de água sobrevoando uma área coberta por fumaça, em uma tentativa de conter as chamas. Agora, bombeiros lutam para controlar vários incêndios ressurgentes na região, segundo o porta-voz Vassilis Vathrakogiannis, contando inclusive com reforços de Atenas. "Há rajadas de vento na área, algumas atingindo 9 na escala Beaufort, que estão provocando reacendimentos e dificultando os esforços de combate ao fogo", relatou.

Vale mencionar que julho costuma ser o mês mais difícil da temporada de incêndios, ainda de acordo com Vathrakogiannis, devido principalmente às altas temperaturas da região, e aos ventos fortes. Tanto a Grécia quanto outros países do Mediterrâneo estão em uma região de "foco de incêndios florestais", onde é comum registrar incêndios durante os verões quentes e secos.

Mas nos últimos anos, devido às rápidas mudanças climáticas, os focos de incêndio vêm se tornando cada vez mais destrutivos e preocupantes. Além da Grécia, outras milhares de pessoas também precisaram fugir de suas casas na Turquia, e pelo menos oito pessoas já morreram devido à onda de calor na Europa.