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Júri chega a veredito e Diddy é absolvido em três das cinco acusações
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Júri chega a veredito e Diddy é absolvido em três das cinco acusações

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Aventuras Na História
02/07/2025 16h30
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O júri chegou nesta quarta-feira, 2, ao veredito no julgamento de Sean “Diddy” Combs. O rapper e empresário musical, de 55 anos, foi absolvido em três das cinco acusações que enfrentava, incluindo a mais grave, de associação criminosa. 

Segundo a promotoria, Diddy teria usado fama e fortuna para liderar, durante uma década, uma rede criminosa que recorria a violência e ameaças para manipular mulheres, obrigando-as a participar de fantasias sexuais e orgias regadas a drogas. O réu sempre negou as acusações e sorriu ao ouvir a decisão, informou a AFP.

No resultado final, Diddy foi considerado inocente das acusações de associação criminosa, tráfico sexual envolvendo Cassandra Ventura e tráfico sexual de uma mulher identificada apenas como “Jane”. No entanto, foi condenado por transporte para fins de prostituição relacionado às duas. Pelas condenações, ele pode pegar até 20 anos de prisão.

Na terça-feira, 1º, o júri havia comunicado ter chegado a um veredito parcial, mas permanecia sem acordo quanto à acusação de associação criminosa, considerada a mais grave. O juiz Arun Subramanian ordenou a retomada das deliberações, que resultaram na absolvição de Diddy também neste ponto.

Segundo a AFP, antes do anúncio do veredito, o rapper entrou no tribunal, olhou para a família, sorriu discretamente e depois permaneceu cabisbaixo. Seu advogado, Marc Agnifilo, afirmou que o cliente deveria ser libertado ainda nesta quarta-feira, já que foi absolvido das acusações mais pesadas.

A promotora-assistente Maurene Comey, porém, se opôs, alegando que o músico continuou cometendo crimes mesmo sabendo que estava sob investigação e que, se solto, provavelmente voltaria a delinquir.

A acusação central sustentava que Diddy liderava uma organização criminosa composta por funcionários de alto escalão, criada para atender aos seus interesses e envolvida em crimes como tráfico de drogas, sequestro, suborno, manipulação de testemunhas, incêndios criminosos e trabalhos forçados, repercute a CNN.

Para uma condenação por associação criminosa, o júri precisaria concluir que ele orquestrou, com outras pessoas, pelo menos dois desses crimes, mas nenhuma testemunha afirmou fazer parte dessa suposta organização, fato explorado pela defesa.

Julgamento

O julgamento durou quase dois meses, e o júri, formado por oito homens e quatro mulheres, analisou 34 depoimentos, além de milhares de registros telefônicos, financeiros e e-mails. A defesa argumentou que as mulheres envolvidas nas orgias organizadas por Diddy eram adultas e agiram por vontade própria.

Entre as denunciantes estão Cassandra “Cassie” Ventura, cantora e ex-companheira do rapper, e outra mulher que depôs sob pseudônimo. Ambas tiveram longos relacionamentos com o empresário. A defesa buscou descredibilizar seus relatos, alegando que as acusações eram motivadas por interesse financeiro ou prazer, e refutou a acusação de crime organizado.

Segundo a CNN, durante as alegações finais, a promotoria afirmou que Diddy se considerava intocável, dizendo que ele “nunca imaginou que as mulheres que abusou teriam coragem de falar” e declarando que “o réu não é um Deus”.

O advogado do artista respondeu que seu cliente é um “empresário negro bem-sucedido e autodidata” e admitiu que os relacionamentos dele eram complicados e envolveram violência doméstica, embora não haja acusação criminal específica nesse sentido. Para a defesa, as relações sexuais, embora pouco convencionais, foram consensuais.

Diddy não prestou depoimento e não apresentou testemunhas, o que é comum em julgamentos criminais, já que cabe à acusação provar a culpa do réu.

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