Maduro dança em protesto à possível guerra na Venezuela
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Durante uma marcha em comemoração ao Dia do Estudante, nesta sexta-feira, 21, no palácio de Miraflores, o presidente venezuelano Nicolás Maduro surpreendeu ao dançar ao som de um remix eletrônico que repetia a frase “não à guerra”. O gesto ocorreu diante de centenas de jovens apoiadores, em um ato que combinou celebração estudantil e mensagem política.
Em seu discurso, Maduro convocou os estudantes venezuelanos a se articularem com movimentos universitários dos Estados Unidos, afirmando que essa “aliança jovem” seria fundamental para enfrentar “ameaças externas” que, segundo ele, tentam desestabilizar Caracas. O presidente enfatizou que a juventude tem papel central na defesa da paz e na resistência ao que classifica como pressões internacionais.
Tensão para Maduro
A apresentação musical ocorreu em um momento delicado nas relações entre Venezuela e Estados Unidos. A Casa Branca anunciou que designará o Cartel de los Soles como organização terrorista estrangeira, medida que o governo Maduro interpreta como um pretexto para justificar uma futura ofensiva contra o país. Em resposta, o presidente adotou tom desafiador. Entre risos e danças, afirmou: “É sexta-feira e eu vou para a festa! Ninguém vai me parar”.
O remix tocado no ato incluía a própria voz de Maduro repetindo frases como “No war, no crazy war… peace, peace, yes, peace”, reforçando a narrativa de que o governo busca a paz apesar da escalada diplomática. A plateia reagiu com entusiasmo: uma estudante chegou a gritar “Maduro, te amo!”, ao que o presidente respondeu prontamente: “Eu também te amo”.
Vale lembrar que, recentemente, o porta-aviões USS Gerald R. Ford, descrito pelos Estados Unidos como o maior e mais tecnologicamente avançado navio de guerra já construído, iniciou operações na região sob responsabilidade do US Southern Command, que abrange o mar do Caribe e partes da América Latina.