Home
Notícias
Mãe russa é retirada de caverna na Índia onde morava com as filhas
Notícias

Mãe russa é retirada de caverna na Índia onde morava com as filhas

publisherLogo
Aventuras Na História
18/07/2025 21h00
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
https://timnews.com.br/system/rss_links/images/50839/original/Aventuras_na_Histo%CC%81ria.png?1764190102
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE

A tranquilidade de uma vida isolada na natureza acabou abruptamente para a russa Nina Kutina, de 40 anos, e suas duas filhas, de seis e quatro anos, após serem descobertas vivendo em uma caverna no sul da Índia. A história, revelada pela polícia em 9 de julho, comoveu o país e gerou repercussão internacional.

Segundo Kutina, a rotina da família nas florestas de Gokarna, no estado de Karnataka, era simples e harmoniosa. "Acordávamos com o sol, nadávamos nos rios, cozinhávamos no fogo ou com gás, líamos, pintávamos, cantávamos. Vivíamos em paz", relatou à mídia local.

No entanto, para as autoridades, o local era inapropriado, especialmente devido ao risco de ataques de animais selvagens e às condições perigosas da temporada de monções.

A caverna, escondida entre árvores e camuflada com sáris vermelhos, chamou a atenção dos policiais durante uma patrulha em uma área popular entre turistas. Dentro dela, encontraram roupas espalhadas, uma pequena estátua de um deus hindu e utensílios básicos. Uma criança loira surgiu primeiro; logo atrás, a mãe apareceu dormindo ao lado da filha mais nova.

Ela explicou que escolheu viver na floresta para meditar, se reconectar com a natureza e proteger as filhas da modernidade e do sofrimento humano. Para ela, "animais e cobras são nossos amigos. O perigo são os humanos". Ainda assim, a polícia insistiu em levá-las de volta à cidade, onde foram alojadas temporariamente em um abrigo.

Segundo o 'The Guardian', em uma mensagem enviada a uma amiga após a remoção, Kutina desabafou: "Fomos colocadas em uma prisão sem céu, sem grama, sem cachoeira... Mais uma vez, o mal venceu".

Trajetória

A trajetória de Nina Kutina na Índia começou em 2016, quando chegou ao país pela primeira vez e se estabeleceu na praia de Arambol, em Goa — local conhecido por atrair viajantes russos.

Teve filhos com dois parceiros diferentes, incluindo o israelense Dror Goldstein, que relatou à imprensa ter perdido contato com ela em 2023. Desde então, ela desaparecia com frequência e, após a trágica morte de seu filho mais velho em um acidente de moto, teria se afastado ainda mais da vida social.

A permanência irregular no país acabou sendo determinante para o desfecho da história. Sem documentos válidos desde 2018, Kutina foi levada a um centro de detenção e deve ser deportada de volta à Rússia. Segundo ela, entre os pertences removidos da caverna estavam as cinzas do filho falecido — uma das várias perdas pessoais que diz ter enfrentado nos últimos anos.

Apesar de parecer "profundamente desiludida com a sociedade humana", como afirmou o superintendente de polícia M. Narayana, Kutina segue firme em seu propósito espiritual. Sua história reacende discussões sobre liberdade de escolha, alternativas de vida fora do sistema tradicional e o limite entre isolamento voluntário e negligência.

icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE
Confira também