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Mural milenar é descoberto intacto no Peru e revela arte enigmática
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Mural milenar é descoberto intacto no Peru e revela arte enigmática

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Aventuras Na História
23/07/2025 17h06
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Arqueólogos peruanos anunciaram na última terça-feira, 22, uma descoberta surpreendente no sítio arqueológico Huaca Yolanda, na região de La Libertad, norte do Peru: um mural pré-hispânico com mais de 3 mil anos, preservado em estado praticamente intacto. Medindo mais de cinco metros de comprimento por dois de altura, a obra foi encontrada no interior de um templo cerimonial construído em adobe, com pigmentos originais ainda visíveis.

De acordo com a arqueóloga Ana Cecilia Mauricio, pesquisadora da Pontifícia Universidade Católica do Peru, o achado foi totalmente inesperado. "Nunca havíamos encontrado uma iconografia ou imagens desse tipo. O mural tem um desenho tridimensional, com decorações em cores azul, vermelho, amarelo e preto", explicou.

O painel retrata elementos como peixes, estrelas, plantas e redes de pesca, revelando um simbolismo ligado ao ambiente marinho e às práticas cotidianas das antigas culturas pré-incas. A riqueza estética e simbólica da obra reforça a importância do complexo de Huaca Yolanda, que ocupa 40 hectares no vale de Chao e remonta ao fim do período pré-cerâmico.

Apesar da relevância histórica, a região enfrenta riscos crescentes causados pela expansão agrícola, que ameaça a integridade dos vestígios arqueológicos. "A descoberta mostra o quanto ainda temos a aprender sobre a diversidade cultural e artística dos povos que habitaram o Peru milênios antes dos incas", destacou Ana Cecilia.

Análise

A equipe responsável pelas escavações acredita que o mural fazia parte de um espaço sagrado usado em rituais comunitários, possivelmente relacionados à fertilidade, à pesca e aos ciclos naturais, elementos fundamentais para os povos da época. A presença de símbolos marinhos em uma região situada entre o litoral e a serra indica uma possível conexão entre diferentes ecossistemas e modos de vida.

Agora, segundo o 'Jornal de Brasília', os arqueólogos trabalham na documentação e na preservação da pintura, ao mesmo tempo em que buscam apoio institucional para proteger o sítio de Huaca Yolanda das pressões agrícolas que ameaçam soterrar séculos de história ainda não revelada.

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