Notre-Dame reinstala estátuas gigantes dos apóstolos após restauração

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Dezesseis estátuas gigantes serão reinstaladas na torre da Catedral de Notre-Dame, em Paris, na França, marcando mais um passo na reconstrução do monumento, que sofreu um incêndio devastador em 2019.
A obra, orçada em €700 milhões (cerca de R$ 4,4 bilhões), avança com a devolução das figuras de cobre que cercavam a torre original. Cada estátua pesa cerca de 150 quilos e mede 3,4 metros de altura. Elas representam os 12 apóstolos e os quatro evangelistas.
Foram criadas no século 19 pelo escultor Adolphe Victor Geoffroy-Dechaume, sob direção de Eugène Viollet-le-Duc, responsável pela restauração da catedral na época. Instaladas em 1861, as figuras foram posicionadas em grupos ao redor da torre de 96 metros, acrescentada por Viollet-le-Duc em 1858.
Restauração
Segundo informações do The Guardian, as estátuas escaparam da destruição porque haviam sido removidas para restauração apenas quatro dias antes do incêndio. Agora, voltam à torre em etapas.
A primeira, a de São Tomé — padroeiro dos arquitetos e com traços inspirados no próprio Viollet-le-Duc — será recolocada na noite desta segunda-feira, 23, após bênção do arcebispo de Paris, Laurent Ulrich. Ao contrário das demais, que olham para a cidade, São Tomé encara a torre.
As figuras dos evangelistas são representadas por criaturas simbólicas posicionadas à frente dos grupos de apóstolos: um touro (São Lucas), um leão (São Marcos), uma águia (São João) e um anjo (São Mateus). Durante a restauração, foram identificados buracos de bala na estátua de São Marcos, provavelmente da Segunda Guerra.
As partes danificadas foram substituídas, a corrosão removida e a coloração original, um marrom escuro, recuperada. Também receberam uma camada protetora de Teflon contra os efeitos do clima.
Elas voltarão a ocupar suas posições sob o novo galo dourado da torre, instalado em dezembro. O símbolo francês, que representa fé e esperança, contém relíquias da catedral e uma cápsula com os nomes de quase 2.000 pessoas envolvidas na reconstrução desde o incêndio.
O galo original, que sobreviveu ao fogo e foi encontrado amassado entre os escombros, está em exibição no museu de arquitetura e patrimônio de Paris e será transferido para o futuro museu dedicado à Notre-Dame.


