Pescador descobre espada medieval com cruz no cabo em rio na Polônia

Recentemente, durante um passeio pelas margens do Rio Vístula, mais especificamente na região do distrito de Tarchomin, em Varsóvia, capital da Polônia, um pescador realizou uma descoberta impressionante. Andrzej Korpikiewicz encontrou uma longa espada de metal do período medieval, com a lâmina ainda bem preservada, um punho esférico e um símbolo em forma de cruz no cabo.

Conforme relatou Korpikiewicz, o objeto estava a apenas alguns centímetros abaixo da superfície, sendo inclusive possível observá-lo de fora da água. Inicialmente, segundo o blog The History, ele pensou que pudesse ser apenas um pedaço de vergalhão ou dobradiça; porém, quando foi observar mais de perto, se surpreendeu com os detalhes.

O pescador então decidiu pegar a espada, retirou as sanguessugas, caracóis e camarões agarrados ao metal, e identificou uma cruz pátea (com braços triangulares) no cabo da espada. Notando que este poderia ser um artefato de valor histórico, ele acionou um amigo detector de metais, que lhe disse para contatar as autoridades.

Além disso, conforme repercute a Revista Galileu, o amigo também indicou que a arma deveria ser mantida molhada para sua proteção. Então, Korpikiewicz encharcou algumas camisetas que levava em sua bolsa na água do rio, e as envolveu na espada, que passou a noite em seu carro antes de, na manhã seguinte, ser encaminhada ao Conservador de Monumentos de Varsóvia.

Espada medieval

Após analisar a espada, Michał Krasucki, especialista do Conservador, confirmou à agência de notícias PAP que ela é, de fato, uma espada medieval. Porém, ele reforça que ainda são necessárias análises mais detalhadas do objeto, a fim de determinar sua origem e até seu possível portador.

Vale destacar que, devido à cruz pátea no punho, são levantadas hipóteses de que ela pode ter vindo de alguma antiga ordem de cavalaria, como os religiosos Cavaleiros Templários e os Cavaleiros Hospitalários. Porém, ainda não se descarta a hipótese de que o símbolo seja apenas uma marca da oficina que a fabricou, ou mesmo uma bênção à espada.

Agora, o artefato medieval está sob custódia da Oficina de Conservação de Metais do Museu Arqueológico Estadual, onde passará por mais processos de preservação, e também terá sua história mais profundamente investigada.