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Senador italiano propõe que bebês recebam apenas o sobrenome da mãe
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Senador italiano propõe que bebês recebam apenas o sobrenome da mãe

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Aventuras Na História
28/03/2025 17h18
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©Getty Images
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O senador Dario Franceschini, do Partido Democrático (PD), propôs uma mudança na atribuição de sobrenomes aos recém-nascidos na Itália, alegando que a prática tradicional de registrar automaticamente o sobrenome paterno constitui uma “injustiça histórica” que reforça desigualdades de gênero.

Em publicação no X, o político argumentou que a lei deveria determinar que os bebês recebam exclusivamente o sobrenome da mãe no momento do registro, como forma de reconhecer e valorizar a identidade materna e combater as desigualdades enraizadas na cultura e na sociedade.

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“Ai figli solo il cognome della madre. Anziché creare infiniti problemi con la gestione dei doppi cognomi, dopo secoli in cui i figli hanno preso il cognome del padre, stabiliamo che dalla nuova legge prenderanno il solo il cognome della madre. E’ una cosa semplice ed anche un…

March 25, 2025

"As crianças só têm o sobrenome da mãe. Em vez de criar problemas intermináveis ​​com a gestão dos apelidos duplos, depois de séculos em que os filhos adotaram o apelido do pai, estabelecemos que, pela nova lei, só adotarão o apelido da mãe. É uma coisa simples e também uma compensação por uma injustiça milenar que não tinha apenas um valor simbólico, mas era uma das fontes culturais das desigualdades de género", escreveu Dario Franceschini na publicação.

Segundo o The Guardian, a iniciativa surge num contexto de intensos debates após a decisão da Corte Constitucional de 2022, que considerou "discriminatória" a imposição automática do sobrenome paterno e determinou, em regra, que as crianças recebam os sobrenomes de ambos os pais na ordem escolhida por eles – cabendo a um juiz decidir em caso de discordância.

Embora a implementação dessa decisão dependa da aprovação de nova legislação pelo parlamento, a proposta de Franceschini apresenta uma alternativa para corrigir o que ele chama de "desequilíbrio cultural e social".

Reações

A reação política foi polarizada. Partidos de direita, como a Lega e o Fratelli d’Italia (FdI), rejeitaram a medida de forma veemente. Matteo Salvini, líder da Lega, ironizou a proposta em publicação no X, afirmando que seria uma tentativa de “apagar os pais da face da terra”, enquanto representantes do FdI a classificaram como uma “provocação midiática”.

Entre os setores da esquerda, a recepção foi mista: Alessandra Maiorino, do Movimento 5 Estrelas (M5S), considerou a iniciativa mais uma provocação, ressaltando as dificuldades já enfrentadas na luta pelo duplo sobrenome, e Carlo Calenda, da Azione, questionou se não haveria prioridades mais urgentes para o país.

Em contrapartida, figuras progressistas como a deputada Laura Boldrini (PD) e Luana Zanella, da Alleanza Verdi e Sinistra (AVS), defenderam que o debate não pode mais ser adiado e classificaram a proposta como “interessante e visionária”.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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