Sobrevivente do Holocausto está entre os feridos em ataque durante ato pró-reféns de Israel
Aventuras Na História
Uma mulher de 88 anos, sobrevivente do Holocausto, está entre as vítimas do ataque armado que deixou oito pessoas feridas no último domingo, 1, durante uma manifestação pacífica em apoio aos reféns israelenses, em Boulder, no Colorado (EUA).
O atentado ocorreu no Pearl Street Mall, no centro da cidade, durante uma caminhada promovida pelo grupo “Run for Their Lives” (“Corrida pela Vida Deles”, em tradução livre), que realiza atos semanais em memória dos israelenses sequestrados pelo Hamas em 2023. Até então, segundo os organizadores, nenhum incidente violento havia sido registrado.
O quê aconteceu?
De acordo com Elyana Funk, diretora-executiva do Hillel da Universidade de Boulder, a idosa participava do ato acompanhada da filha, que também ficou ferida.
Essa mãe é uma sobrevivente do Holocausto, na casa dos 80 anos, que certamente já passou por traumas suficientes”, declarou Funk à rede CNN.
A identidade da vítima ainda não foi divulgada. Segundo o rabino Israel Wilhelm, do centro Chabad da Universidade do Colorado, a mulher é uma refugiada europeia, ativa em sua comunidade.
“Ela é uma pessoa muito amorosa. Compartilhou sua história em sinagogas e escolas, falando sobre o Holocausto e sua perspectiva de vida”, disse o rabino à CBS News.
Chany Scheiner, amigo da idosa, também destacou à rede americana seu papel em educar novas gerações sobre os horrores do genocídio nazista. “Ela sempre foi uma voz importante para lembrar o que aconteceu. É chocante vê-la agora, mais uma vez, vítima da violência.”
As autoridades locais ainda investigam a motivação do ataque. Até o momento, não há confirmação oficial se foi um atentado com motivação antissemita, mas o caso está sendo tratado com prioridade pelas forças de segurança.
O ataque causou forte comoção na comunidade judaica local e reacendeu preocupações sobre o aumento de incidentes antissemitas nos Estados Unidos. Organizações de direitos civis e líderes comunitários pedem uma investigação rigorosa e reforço na segurança de eventos públicos voltados à memória e à justiça histórica.
