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Tesouro com moedas romanas de prata é encontrado no Reino Unido
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Tesouro com moedas romanas de prata é encontrado no Reino Unido

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Aventuras Na História
05/03/2025 17h00
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https://timnews.com.br/system/images/photos/16476788/original/open-uri20250305-56-s6ska8?1741194838
©Divulgação/Norfolk County Council/Andrew Williams
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Recentemente, detectores de metais descobriram perto da vila de Barton Bendish, no condado de Norfolk, um surpreendente esconderijo de moedas de prata romanas, que retratam vários imperadores e até mesmo algumas de suas esposas. Ao todo, foram encontradas 16 moedas, cunhadas em um período de cerca de 200 anos, o que sugere certa estabilidade na economia romana de sua época.

Norfolk era uma região importante durante o Império Romano, com muitas de suas vilas atuando como centros de propriedades agrícolas, e inclusive passando por lá uma das estradas romanas mais longas da Grã-Bretanha.

Cada uma das moedas é um denário — a moeda romana padrão — e, de acordo com Adrian Marsden, especialista em moedas do Serviço Ambiental Histórico de Norfolk, que faz parte do governo regional, valeria o equivalente a apenas algumas centenas de libras. "É uma quantia razoável de dinheiro, mas não muda a vida", ele disse ao Live Science.

Possivelmente, acrescenta o especialista, o tesouro de moedas foi enterrado para ser guardado, o que era comum em uma época em que ainda não existiam bancos. Também há a possibilidade de as moedas terem sido simplesmente perdidas, dentro de sua bolsa. "Essa [explicação] funcionaria para algo desse tamanho", afirma Marsden.

O achado, vale mencionar, ocorreu em 2023 e entregue às autoridades de Norfolk somente em março de 2024. Agora, ele ainda passa por um inquérito para determinar se ele pode ser oficialmente considerado um tesouro.

Segundo as leis da Inglaterra, o artefato precisa ter ao menos 300 anos e 10% de seu peso ser ouro ou prata para ser categorizado como "tesouro". Em caso positivo, pode ser entregue a um museu em King's Lynn, cidade localizada a cerca de 16 quilômetros de distância; e uma recompensa oferecida aos descobridores e proprietários da terra onde ocorreu o achado.

Estabilidade

Após analisarem as moedas, os pesquisadores observaram que a mais antiga foi cunhada por volta de 57 a.C., quando a República Romana estava em seus últimos estágios, enquanto as mais recentes datam do reinado do imperador Marco Aurélio, feitas entre 175 e 176 d.C..

Vale mencionar que, ao contrário das moedas modernas, as moedas romanas não eram datadas. Porém, é possível ter noção das datas em que foram feitas, pois elas geralmente retratavam o imperador romano de sua época. Neste tesouro, as exceções são apenas duas moedas, que retratam esposas de imperadores — sendo elas Faustina I, esposa do imperador Antonino Pio, e Faustina II, esposa de Marco Aurélio.

Moeda representando Faustina II / Crédito: Divulgação/Conselho do Condado de Norfolk/Andrew Williams
Moeda representando o imperador romano Vespasiano / Crédito: Divulgação/Conselho do Condado de Norfolk/Andrew Williams
Uma das moedas mais antigas, retratando um cônsule eleito da República Romana, e moeda representando o imperador Adriano / Crédito: Divulgação/Conselho do Condado de Norfolk/Andrew Williams

O que chama atenção na longa abrangência de tempo dessas moedas, é que isso indica que a moeda romana na época era relativamente estável, segundo Marsden. Isso porque tesouros de períodos com moedas desvalorizadas, quando o peso em prata era menor, costumavam ter moedas apenas de uma época específica.

Se fosse o caso, as moedas mais antigas e com mais prata do tesouro teriam sido removidas, e derretidas para outras finalidades. Porém, o conteúdo de prata utilizado nas moedas, tanto mais antigas quanto mais novas, aparentemente é quase o mesmo.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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