Última Ceia: Diretor artístico da cerimônia dos Jogos se manifesta

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A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos em Paris, na última sexta-feira, 26, foi marcada por uma polêmica. Durante o evento, um grupo de pessoas, incluindo drag queens, aparecia alinhado numa mesa, em notável referência a obra "Última Ceia", de Leonardo da Vinci.
Nas redes sociais, as opiniões se dividiram, pois, o afresco representa a última cerimônia que Jesus Cristo fez com os seus apóstolos. Enquanto muitos celebraram a inclusão em um evento transmitido para o mundo inteiro, outros consideraram o episódio um 'desrespeito', embora a sociedade já tenha presenciado inúmeras releituras do tipo.
Thomas Jolly, atual diretor artístico da cerimônia de abertura dos Jogos, se manifestou após a repercussão nas redes sociais, informa a AFP. Ele negou que o espetáculo tenha ridiculizado o afresco.
"Nunca encontrará da minha parte nenhum desejo de zombar, de denegrir nada. Quis fazer uma cerimônia que reparasse, que reconciliasse. Também que reafirmasse os valores de nossa República", explicou Jolly à rede de televisão BFMTV.
Ele também disse que a obra de da Vinci "não foi minha inspiração". "A ideia era mais fazer um grande festival pagão conectado com os deuses do Olimpo... Olympus... Olimpismo", explicou.
Igreja condena
Após a cerimônia, a Igreja Católica na França se posicionou e classificou o momento como 'escárnio'.
"Infelizmente, esta cerimônia incluiu cenas de escárnio e zombaria do cristianismo, o que lamentamos profundamente", disse a Conferência dos Bispos Franceses em um comunicado.
Políticos de extrema-direita também aproveitaram o barulho nas redes sociais para condenar a cerimônia.
"A todos os cristãos do mundo que estão assistindo à cerimônia de Paris-2024 e se sentiram insultados por essa paródia drag queen da Última Ceia, saibam que não é a França que está falando, mas uma minoria de esquerda pronta para qualquer provocação", escreveu Marion Marechal, política de extrema-direita, através do X.
Já Matteo Salvini, destacou: "Abrir as Olimpíadas insultando bilhões de cristãos no mundo foi realmente um péssimo começo, caros franceses. Desprezível."



