Lula dispara resposta ácida para Trump: ‘Homem que tem dignidade não rasteja’

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a comentar, nesta quinta-feira (28/8), a falta de comunicação direta com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em entrevista à TV Record de Minas Gerais, o petista afirmou que não pretende insistir em um contato com o republicano em meio à escalada de tensões comerciais entre os dois países.
“Um homem que anda de cabeça erguida, tem dignidade, não rasteja diante de outro homem. O dia que o Trump quiser, eu estarei pronto para conversar. Mas ele nem carta para mim mandou. Na hora que ele quiser, o ‘Lulinha paz e amor’ está pronto para conversar, mas não pensem que o Lula vai ficar mendigando uma conversa não”, declarou.
Detalhes da declaração
As falas de Lula acontecem em meio ao impasse gerado pelo chamado tarifaço anunciado por Trump contra produtos brasileiros, o que, segundo especialistas, pode afetar setores estratégicos da economia, especialmente agricultura e siderurgia. Apesar da gravidade do cenário, o presidente reforçou que não abrirá mão da postura que considera digna para manter a soberania nacional.
Segundo Lula, seu governo não tem se furtado a tentar o diálogo. O petista citou que nomes de grande peso político e técnico foram designados para conduzir as negociações com Washington. Entre eles, o vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin; o ministro da Fazenda, Fernando Haddad; e o chanceler Mauro Vieira.
“Tenho três ministros tops para isso, mas ninguém de lá quer conversar. Porque o presidente americano se acha dono do planeta”, criticou Lula, acrescentando que não há falta de disposição do lado brasileiro.
Analistas se manifestam
Analistas avaliam que a fala do presidente também busca sinalizar firmeza interna diante da pressão de setores exportadores, que temem prejuízos bilionários caso a tensão comercial se prolongue. A retórica de Lula reflete uma tentativa de equilibrar o discurso de soberania com a necessidade de manter as portas abertas para eventuais negociações.
O episódio se soma a outros momentos de atrito nas relações entre Brasil e Estados Unidos, marcados historicamente por períodos de aproximação e distanciamento. A expectativa agora recai sobre os próximos passos do governo americano, já que Lula reiterou estar pronto para dialogar, desde que a iniciativa parta da Casa Branca
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