Uma semana após tragédia do balão, moradores prestam homenagem às vítimas em SC

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No último sábado (28), moradores de Praia Grande (SC) e profissionais do balonismo se reuniram para prestar tributo às oito vítimas do acidente com balão de ar quente que chocou o país. O desastre, ocorrido no dia 21 de junho, completa uma semana, e a cerimônia ocorreu no mesmo local de onde a aeronave havia decolado: o campo Três Irmãos.
Detalhes da homenagem
O ato foi marcado por emoção e respeito. Amigos, familiares e colegas das vítimas formaram um grande círculo, soltaram balões brancos com os nomes dos mortos, fizeram orações e observaram um minuto de silêncio. “O evento começou com um momento de reflexão por um pastor, além de orações. Em seguida houve a soltura das bexigas e aplausos.”
Organizada pela Associação de Balonismo de Praia Grande, a homenagem incluiu ainda uma missa de sétimo dia, celebrada na Igreja Matriz. O clima é de luto em toda a cidade, que suspendeu novos voos de balão até, pelo menos, a próxima segunda-feira (30).
Segundo relatos colhidos pela Polícia Civil com o piloto e sobreviventes, o balão transportava 21 pessoas e pegou fogo logo após a decolagem. “O balão subiu por volta das 7h com 21 pessoas a bordo e, logo no início do passeio, começou a pegar fogo”, informa a polícia. O extintor a bordo teria falhado, dificultando o controle das chamas.
Sobre as vítimas
Quatro vítimas tentaram saltar da aeronave, de cerca de 45 metros de altura, mas não resistiram. Outras quatro, presas no cesto, morreram carbonizadas. “O piloto do balão disse que as chamas começaram pelo maçarico e que o extintor de incêndio não funcionou”, diz a investigação. Ambos os equipamentos passam por perícia.
A empresa responsável, a Sobrevoar, declarou: “Trabalhamos com seriedade e cumprimos todas as normas estabelecidas pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) [...] o piloto [...] adotou todos os procedimentos indicados, tentando salvar todos os que estavam a bordo do balão.”
O Ministério Público de Santa Catarina exigiu esclarecimentos formais em até 10 dias. Atualmente, o balonismo turístico no Brasil carece de regulamentação específica — algo que o acidente reacendeu no debate público.
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