9 de Julho: entenda a Revolução Constitucionalista de 1932
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Dois documentários disponíveis online abordam a importância da Revolução Constitucionalista de 1932, conhecida como "guerra paulista", que foi o maior movimento armado da história de São Paulo. Sob a direção de Laís Bodanzky e Luiz Bolognesi, o documentário "A Guerra dos Paulistas" explora o estopim do conflito, os detalhes e como a guerra chegou ao fim, de forma acessível e disponível no YouTube. Já o documentário "1932 - Histórias De Uma Guerra", dirigido por Thiago Montelli, explora o impacto nacional do conflito e os combates que ocorreram em várias regiões do país, sendo encontrado no serviço Looke e na loja do Prime Video.
Oficialmente, a Revolução de 1932 resultou em 934 mortos, porém alguns historiadores indicam que esse número pode chegar a até 2 mil vítimas. Além das perdas humanas, os ataques por terra e bombardeios aéreos sofridos durante os combates abalaram seriamente a estrutura do Estado de São Paulo. A população se uniu em conflito, com dezenas de milhares se alistando como voluntários contra as forças federais comandadas por Getúlio Vargas e pelos "tenentes".
A guerra deixou um legado de meias verdades, com os paulistas enfatizando o constitucionalismo como bandeira enquanto os getulistas se referiam a ela como Guerra Paulista. Diversas motivações estiveram por trás do conflito, como disputas pelo poder, perda de lucros com a economia cafeeira e um sentimento regionalista exacerbado. A elite paulista se uniu contra Getúlio Vargas após medidas consideradas como afrontas aos interesses do estado.
A Revolução de 1932 ocorreu como resposta à Revolução de 1930, que resultou na posse de Getúlio Vargas e na instauração de um governo provisório com características ditatoriais. A resistência das elites paulistas aos avanços getulistas levou à rebelião do estado contra o governo federal, desencadeando o conflito armado que marcou a história de São Paulo e do Brasil.