Alegações sobre proteína em ultraprocessados confundem consumidores, aponta pesquisa
ICARO Media Group TITAN

Um estudo do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) revelou que alegações de proteína em rótulos de alimentos ultraprocessados podem induzir os consumidores ao erro. A pesquisa, realizada a partir do site de uma rede nacional de supermercados entre os dias 9 e 16 de maio, identificou 52 produtos com esse tipo de alegação que se enquadram na categoria de ultraprocessados, segundo a classificação Nova.
Desenvolvida pela Universidade de São Paulo, essa classificação divide os alimentos em quatro grupos: in natura, ingredientes culinários, processados e ultraprocessados. Dos 52 produtos analisados, 11 apresentavam informações que podem levar o consumidor a uma percepção equivocada sobre o teor de proteína, mesmo contendo adição de açúcares, gorduras e aditivos.
O destaque para a presença de proteína nos rótulos tende a transmitir uma imagem de saúde, já que esse nutriente é comumente associado a uma alimentação equilibrada. No entanto, a composição dos produtos nem sempre reflete esse apelo. Alimentos ultraprocessados, apesar de enriquecidos com proteína, podem não ser benéficos à saúde como aparentam e ainda contribuir para o aumento do risco de obesidade e doenças metabólicas.
Além disso, a adição de proteína com o objetivo de fortificar o produto pode comprometer sua absorção e causar efeitos metabólicos indesejados. O estudo também apontou o papel das redes sociais na promoção da proteína como sinônimo de força e desempenho físico, o que influencia diretamente as escolhas alimentares dos consumidores.
A recomendação dos especialistas é que o consumo de proteína seja feito de forma consciente, sendo indicada a suplementação apenas em situações específicas, como em casos de alta demanda física, idade avançada ou restrições alimentares.
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