Arquiteto morre uma semana após transplante de cinco órgãos
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Um arquiteto brasileiro de 35 anos, Luiz Perillo, morreu nesta terça-feira (30), uma semana após passar por um transplante multivisceral que envolveu cinco órgãos de um mesmo doador. Ele aguardava o procedimento há quatro anos, enfrentando internações e tratamentos contínuos. O transplante multivisceral foi incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS) em fevereiro de 2025, mas ainda é realizado por poucos centros no país.
Perillo lutava contra uma trombofilia desde a juventude, condição que comprometeu a veia porta e levou à falência de seus órgãos. Há mais de dois anos, vivia internado de forma ininterrupta, pesando apenas 34 kg, dependente de nutrição parenteral por 13 horas diárias e de três sessões semanais de hemodiálise. Apesar da gravidade, mantinha exercícios físicos para preservar a massa muscular, o que, segundo a família, prolongou sua vida até o transplante.
O procedimento foi realizado em São Paulo no dia 23 de setembro. Após a primeira etapa da cirurgia, ele desenvolveu uma infecção que resultou em parada cardíaca.
Durante sua trajetória, Luiz se tornou ativista da doação de órgãos, mobilizando pacientes e familiares na mesma espera. Sua família celebrou a chegada do doador como um milagre, reforçando a importância da conscientização sobre o tema.
No Brasil, cerca de cinco hospitais estão habilitados a realizar transplantes multiviscerais e, em 2024, apenas dois procedimentos desse tipo foram registrados em todo o país.
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