Bolsonaristas resistem, mas Motta dá fim à obstrução e abre sessão na Câmara

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Na noite de quarta-feira, houve um episódio tenso na Câmara dos Deputados, quando deputados bolsonaristas resistiram à obstrução dos trabalhos da Casa, criando um impasse que precisou da intervenção do presidente Hugo Motta. Mesmo com a presença do presidente da Câmara, deputados bolsonaristas se recusaram a deixar a cadeira onde as sessões são conduzidas, mantendo-se no local por cerca de dez minutos. Durante esse tempo, Motta contou com o apoio de agentes da Polícia Legislativa e de outros deputados na tentativa de resolver a situação.
Após a reunião entre o presidente da Casa e líderes partidários, ficou estabelecido que a sessão ocorreria às 20h30 daquela noite, com a ameaça de suspensão do mandato por seis meses e remoção pela polícia legislativa para quem se recusasse a desocupar o plenário. No entanto, os bolsonaristas continuaram a resistir, o que resultou em um impasse que se prolongou por cerca de duas horas. Motta tentou negociar com a oposição, mas sem êxito. A sessão foi aberta, mas não houve nenhuma votação, e a decisão foi tomada de realizar votações tanto na Câmara quanto no Senado no dia seguinte.
A obstrução teve início na terça-feira, após a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, gerando um clima de tensão na Casa. Parlamentares da oposição ocuparam as mesas dos plenários da Câmara e do Senado, impedindo a realização das sessões. Em meio a esse cenário, os bolsonaristas pressionaram a cúpula do Congresso para pautar a anistia aos envolvidos no episódio de 8 de janeiro, além de pedirem o impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes.
Motta e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, buscaram acordo com os partidos na tentativa de desocupar os plenários, porém as negociações não avançaram. Sob apoio de líderes de 17 partidos, Motta anunciou a abertura da sessão na quarta-feira à noite, mas somente após as 22 horas e com intervenção de Arthur Lira. O entendimento era de que qualquer negociação com os bolsonaristas aconteceria sem a chantagem da ocupação do plenário.
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