Brasil registrou 90% mais áreas queimadas em 2024

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O Brasil registrou um grave aumento de 90% na área queimada entre janeiro e novembro de 2024 em comparação com o mesmo período do ano anterior. De acordo com os dados divulgados pelo Monitor do Fogo, do MapBiomas, 29,7 milhões de hectares foram consumidos pelas chamas nos 11 primeiros meses do ano, marcando a maior extensão destruída nos últimos seis anos desde a criação do monitor. A extensão queimada equivale ao território do Rio Grande do Sul, um alerta preocupante para a situação ambiental do país.
O aumento significativo das queimadas em 2024 pode ser explicado por diversos fatores, destacando-se a maior seca já registrada no país, especialmente na região da Amazônia. Este ano, os rios atingiram níveis alarmantes de baixa água. Além disso, as ações do governo federal foram consideradas aquém do necessário, conforme admitido pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. A greve de servidores do Ibama em grande parte do ano impactou negativamente as ações de combate ao fogo, contribuindo para a devastação.
A combinação de condições climáticas desfavoráveis, como a seca intensa e as altas temperaturas, foram determinantes para a propagação dos incêndios florestais e para a vasta extensão da área queimada em 2024. A ação humana para iniciar os incêndios também desempenhou um papel crucial nesse cenário alarmante. Segundo informações, 57% da área queimada estava na Amazônia, impactando negativamente 16,9 milhões de hectares, dos quais 7,6 milhões eram de florestas.
Enquanto alguns biomas como o Pampa e a Caatinga registraram uma redução no número de queimadas em 2024 devido a melhores condições de umidade e chuvas acima da média, outros, como a Amazônia e o Cerrado, foram duramente afetados. Destaca-se que as florestas foram atingidas de forma mais significativa neste ano, em contraste com os anos anteriores.



