"Constrangimento desnecessário": defesa de Bolsonaro reage a monitoramento da prisão domiciliar
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A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro manifestou-se contrariamente à solicitação da Polícia Federal ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para manter agentes em tempo integral na residência do ex-mandatário. O pedido visa reforçar o cumprimento da prisão domiciliar e prevenir possíveis fugas. Em entrevista à CNN, o advogado de Bolsonaro, Paulo Cunha Bueno, afirmou que a requisição da corporação "deixa a impressão de querer gerar um constrangimento desnecessário" e contraria decisão prévia de Moraes, que havia autorizado apenas o policiamento no entorno da residência em Brasília.
De acordo com Cunha Bueno, a vigilância externa já seria suficiente para assegurar a efetividade da prisão domiciliar, sendo, na visão do advogado, desnecessária a presença de uma equipe dentro da residência do ex-presidente, onde vivem ele, sua esposa, filha e enteada. A defesa argumenta que a medida solicitada pela PF é constrangedora e contrária à decisão anterior do ministro, que teve o intuito de preservar a inviolabilidade do domicílio.
Aliados de Bolsonaro também se posicionaram e afirmaram que, caso a requisição seja acolhida por Moraes, seria preferível a prisão em vez da presença de agentes dentro de casa. A PF, por meio do diretor-geral Andrei Rodrigues, justificou que a permanência de policiais 24 horas na residência é essencial para garantir o cumprimento da medida de prisão domiciliar, citando precedentes e apontando possíveis falhas no monitoramento por tornozeleira eletrônica. A Procuradoria-Geral da República (PGR) havia recomendado apenas a presença ostensiva de policiais no entorno da residência do ex-presidente. Moraes solicitou uma nova manifestação da PGR antes de tomar sua decisão.
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