Consumo de café no Brasil cai quase 16% em abril

ICARO Media Group TITAN






O consumo de café no Brasil registrou uma queda significativa de quase 16% em abril, comparado ao mesmo mês de 2024. Os dados divulgados pela Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) nesta quinta-feira (22) revelaram que o café teve um aumento de preço de 80% nos últimos 12 meses até abril, representando a maior inflação dos últimos 30 anos, de acordo com o IBGE. No período de janeiro a abril deste ano, as vendas de café diminuíram 5,13% em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando 4,7 milhões de sacas de 60 quilos.
De acordo com a ABIC, as informações refletem as vendas do varejo, que correspondem a 73% a 78% do consumo interno de café no Brasil. Em relação aos tipos de café, o solúvel foi o que mais teve aumento de preço em abril, em comparação com o mesmo mês de 2024. Em fevereiro, a ABIC já havia alertado sobre a continuidade do aumento de preços nos meses seguintes, destacando que a indústria ainda não tinha repassado integralmente o custo da compra de café em grão.
Os dados também apontam para fatores que impactaram a produção e contribuíram para o aumento dos preços do café. Entre esses fatores destacam-se questões como a variação climática, que afetou a safra do grão, e a alta do dólar, que influenciou os custos de produção. Além disso, a escassez de contêineres, essenciais para o transporte do café, e os gargalos logísticos foram apontados como desafios adicionais enfrentados pela indústria cafeeira brasileira.
O calor e a seca estressou as plantas, forçando-as a abortar frutos para sobreviver. Problemas como geadas e ondas de calor afetam o Brasil há 4 anos, elevando os custos da indústria em 224% e encarecendo o café em 110% para os consumidores. Grandes produtores como o Vietnã também enfrentaram problemas climáticos, reduzindo a safra e provocando uma queda na oferta global. Os maiores custos de logística vieram com as guerras no Oriente Médio, que encareceram o embarque e o preço dos contêineres. Por fim, o fato do café ser a segunda bebida mais consumida no Brasil e no mundo, atrás apenas da água, também contribui para o aumento dos preços. A exportação do café brasileiro para novos mercados internacionais afeta a oferta no mercado interno, pressionando os preços.
Diante desse cenário, os consumidores brasileiros têm buscado alternativas e adaptado seus hábitos de consumo de café. Algumas opções incluem a redução do consumo ou a troca por marcas mais acessíveis. A indústria do café tem buscado estratégias para lidar com os desafios do mercado e manter a qualidade do produto, buscando garantir a sustentabilidade do setor a longo prazo, em meio a um cenário de constantes mudanças e desafios.
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