Economia brasileira cresce 1,4% no primeiro trimestre de 2025

A economia brasileira cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2025 em relação aos últimos três meses de 2024, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (30) pelo IBGE. O Produto Interno Bruto (PIB) somou R$ 3,02 trilhões no período. Na comparação com o mesmo trimestre de 2024, a alta foi de 2,9%. Já no acumulado dos últimos 12 meses, o crescimento chegou a 3,5%.

O destaque ficou por conta do setor agropecuário, que avançou 12,2% no trimestre, impulsionado pela safra de soja e por condições climáticas favoráveis. Esse desempenho foi determinante para o resultado positivo da economia.

No setor de serviços, que representa cerca de 70% do PIB, o crescimento foi de 0,3% no trimestre. As atividades de informação e comunicação (+3,0%), outros serviços (+0,8%) e atividades imobiliárias (+0,8%) puxaram o desempenho do segmento. Em 12 meses, o setor acumula alta de 2,1%, o menor avanço desde o início de 2021.

Já a indústria registrou queda de 0,1%. A indústria de transformação recuou 1%, e a construção civil caiu 0,8%. Por outro lado, houve crescimento nas indústrias extrativas (+2,1%) e nos serviços de eletricidade, gás, água, esgoto e gestão de resíduos (+1,5%).

Pela ótica da demanda, os investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo) cresceram 3,1%, enquanto o consumo das famílias avançou 1,0%, favorecido pelo reajuste do salário mínimo e programas de transferência de renda. As exportações de bens e serviços subiram 2,9%, e as importações aumentaram 5,9%, refletindo uma demanda doméstica aquecida.

Este é o 15º trimestre consecutivo de crescimento do PIB em relação ao trimestre anterior e o 17º seguido na comparação anual. O crescimento acumulado de 3,5% nos últimos 12 meses é o maior desde o segundo trimestre de 2023.

Apesar do desempenho positivo no início do ano, a expectativa do governo é de desaceleração nos próximos meses. A projeção oficial aponta um crescimento de 2,4% para 2025, abaixo dos 3,4% registrados em 2024. A taxa Selic, mantida em patamar elevado, é um dos fatores que devem moderar a atividade econômica ao longo do ano.

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