Esquerda e extrema direita derrubam Primeiro-Ministro da França

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Em uma reviravolta inédita na política francesa, os deputados do país derrubaram o primeiro-ministro Michel Barnier em uma votação de moção de censura nesta quarta-feira (4). Barnier, que assumiu o cargo há apenas três meses, teve seu governo encerrado precocemente, tornando-se o mais curto da história recente da Quinta República francesa, iniciada em 1958. A união entre a esquerda e a extrema direita foi crucial para a aprovação da moção de censura, com 331 dos 574 deputados votando a favor da medida, superando os 288 votos necessários.
A queda de Barnier foi motivada, em grande parte, pela insatisfação dos deputados com a escolha do presidente Emmanuel Macron de indicar um nome para primeiro-ministro que não participou das eleições parlamentares de junho. O momento de crise econômica na França, com o risco da dívida francesa equiparando-se ao da Grécia, contribuiu para a instabilidade política no país. As relações entre Macron e os diferentes blocos parlamentares se deterioraram ao longo do tempo, culminando na rejeição da proposta de Orçamento apresentada por Barnier.
Após a queda de Barnier, espera-se que o presidente Macron indique um novo nome para ocupar o cargo de primeiro-ministro. Fontes do governo francês indicaram que a escolha pode ser anunciada já no fim de semana. A aliança improvável entre a esquerda e a extrema direita, que resultou na derrubada de Barnier, colocou em destaque a divisão na Assembleia Nacional francesa, que encarou eleições resultando em uma composição sem maioria clara e dividida entre três blocos políticos distintos: esquerda, centro-direita e extrema direita.
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