Estados Unidos vetam resolução da ONU para cessar-fogo e ajuda humanitária em Gaza
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Os Estados Unidos utilizaram seu poder de veto, nesta quinta-feira (18), para barrar um projeto de resolução apresentado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas que buscava exigir um cessar-fogo imediato, incondicional e permanente em Gaza. A proposta recebeu 14 votos favoráveis na ONU e pedia que Israel suspendesse todas as restrições à entrega de assistência ao enclave palestino. Além disso, o texto elaborado pelos 10 membros eleitos do conselho exigia a libertação digna e incondicional de todos os reféns mantidos pelo Hamas e outros grupos. Esta foi a sexta vez que os EUA utilizaram seu poder de veto no Conselho de Segurança durante o conflito de quase dois anos entre Israel e militantes palestinos do Hamas.
Os confrontos na Faixa de Gaza tiveram início em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas lançou um ataque terrorista contra Israel, resultando na morte de 1.200 pessoas e no sequestro de 251 reféns. Em resposta, as tropas israelenses iniciaram uma ofensiva com bombardeios e operações terrestres para resgatar os reféns e neutralizar o comando do Hamas. A intensificação dos combates levou à devastação do território palestino e ao deslocamento de aproximadamente 1,9 milhão de habitantes, o que equivale a mais de 80% da população de Gaza, de acordo com a UNRWA (Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos).
Desde o início do conflito, pelo menos 63 mil palestinos perderam a vida, conforme dados do Ministério da Saúde de Gaza. O ministério, sob controle do Hamas, não faz distinção entre civis e combatentes do grupo em sua contagem, mas destaca que mais da metade dos falecidos são mulheres e crianças. Israel alega que pelo menos 20 mil dos mortos eram membros do grupo radical. Após acordos de cessar-fogo, parte dos reféns foi libertada, enquanto alguns foram resgatados por ações militares. Estima-se que cerca de 50 reféns ainda estejam retidos em Gaza, com cerca de 20 deles possivelmente vivos.
À medida que o conflito se prolonga, a crise humanitária na região palestina se agrava diariamente. Segundo a ONU, mais de mil pessoas perderam a vida ao tentar obter alimentos desde maio, quando Israel modificou o sistema de distribuição de suprimentos em Gaza. A situação de violência e escassez tem provocado um cenário crítico para a população civil, que enfrenta dificuldades cada vez maiores para sobreviver no território em meio aos embates entre as partes envolvidas.
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