Ex-esposa de Arthur Lira denuncia violência doméstica em corte internacional
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Uma denúncia de violência doméstica foi apresentada por Jullyene Cristine Santos Lins, ex-mulher do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, em Washington. A petição elaborada por sua defesa possui mais de 140 páginas e busca que o caso seja remetido à Corte Interamericana, a qual poderia emitir uma sentença obrigando o Estado brasileiro a intervir. Jullyene acusa Lira de agressões físicas e psicológicas, ameaças de morte, controle financeiro e psicológico, além de interferências em processos judiciais, durante o período de seu relacionamento entre 1997 e 2006.
Em 2015, o Supremo Tribunal Federal absolveu Arthur Lira das acusações de violência doméstica por considerar que não havia provas suficientes e que o crime teria prescrito. Contudo, agora, com a petição de Jullyene Cristine, o caso volta à tona e coloca em evidência a suposta conduta do atual presidente da Câmara.
A petição apresentada pela defesa de Jullyene solicita não apenas a proteção da suposta vítima, mas também uma indenização de R$ 1 milhão por alegados danos causados pela falta de visibilidade dada à sua situação. Além disso, o documento inclui laudos médicos e depoimentos de testemunhas que corroboram as acusações de violência e abusos sofridos por Jullyene durante seu relacionamento com Arthur Lira.
Segundo o documento, a ex-mulher de Lira teria sido convocada para prestar depoimento em operações contra a corrupção, como a Taturana em 2016 e a Lava Jato em 2019. No entanto, o Ministério Público de Alagoas teria informado que não poderia garantir sua proteção no território estadual. Por sua vez, em junho deste ano, Arthur Lira solicitou ao Supremo Tribunal Federal a retirada de entrevistas da ex-mulher referentes às acusações. Após uma decisão inicial de censura, o ministro Alexandre de Moraes revisou a determinação, entendendo que as matérias em questão não representavam ataques diretos ao presidente da Câmara.
A assessoria de Arthur Lira foi procurada para comentar o caso, mas não emitiu declarações.
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