Família de delator do PCC ameaçada de morte por facção criminosa em São Paulo

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O crime organizado vem aumentando as ameaças à família de Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, de 38 anos, delator do PCC (Primeiro Comando da Capital), que foi assassinado com 10 tiros de fuzil em 8 de novembro do ano passado, no aeroporto internacional de Guarulhos. Informações do Ministério Público de São Paulo apontam que o PCC havia estipulado um prazo até 31 de dezembro de 2024 para que a família de Gritzbach pagasse uma dívida de R$ 6 milhões a um dos membros da facção criminosa. O dinheiro era referente ao montante roubado de duas casas-cofre por investigadores ligados ao delator.
Segundo as autoridades, um indivíduo conhecido como Tacitus, autor das ameaças e que foi o motivo de uma operação conjunta da Polícia Federal e do Ministério Público de São Paulo para prender os delatados por Gritzbach, exigiu a devolução do dinheiro, que ele afirma ter sido roubado de suas casas-cofre. As casas-cofre são propriedades do PCC utilizadas para ocultar armas, drogas e grandes quantias de dinheiro decorrentes do tráfico internacional de drogas. Com a revelação dos endereços desses locais por parte do delator, estima-se um prejuízo de R$ 90 milhões à organização criminosa.
Com o prazo para o pagamento já expirado, Tacitus reiterou as ameaças de morte à família de Gritzbach. Em mensagens enviadas aos parentes do delator, ele afirmou que, caso a dívida não seja quitada, a vida deles estaria em perigo. Tacitus acusou os familiares de desfrutarem de carros de luxo adquiridos com o dinheiro supostamente roubado dele, advertindo que não ter piedade em relação à situação. Além disso, o responsável pelas ameaças garantiu ter poder de decisão sobre seus inimigos no Estado de São Paulo e determinou um novo prazo para a resolução do conflito.
Os policiais Valdenir Paulo de Almeida, conhecido como Xixo, e Valmir Pinheiro, o Bolsonaro, envolvidos na operação e presos pela Polícia Federal em setembro do ano passado por estarem ligados ao roubo das casas-cofre, também estão sob ameaça de morte. Atualmente, encontram-se detidos no Presídio Especial da Polícia Civil, na zona norte de São Paulo.
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