Generais Heleno e Paulo Sérgio Nogueira se entregam para cumprir pena no Comando Militar do Planalto
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Na tarde desta terça-feira (25), os generais Augusto Heleno (foto) e Paulo Sérgio Nogueira, acompanhados por homens do Exército, dirigiram-se para o Comando Militar do Planalto, onde devem cumprir condenações de 21 e 19 anos, respectivamente, por tentativa de golpe de Estado. Emitido o mandado de prisão, os dois seguem de forma voluntária para o local, de acordo com a oficialização da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. As instalações do Comando Militar do Planalto em Brasília são novas e rodeadas por medidas de segurança, com celas adaptadas que mantêm um ambiente simples e austero em conformidade com a disciplina militar.
O general Walter Braga Netto, por sua vez, condenado a 26 anos por crimes similares, permanece no Rio de Janeiro, onde está detido preventivamente desde dezembro do ano passado. Conversas entre Moraes, o atual comandante do Exército, general Tomás Paiva, e o ministro da Defesa, José Múcio, abordaram a importância de garantir uma prisão digna, discreta e respeitosa para os militares. Braga Netto poderá, após o trânsito em julgado, ter direito a realizar atividades no quartel para abater o tempo de pena.
As celas adaptadas para os generais detidos são descritas como simples e sem luxo. Os quartos transformados em celas possuem as comodidades básicas, como cama, banheiro, TV e escrivaninha, mas as janelas devem permanecer fechadas. O Exército, diferentemente da Polícia Federal, opta por não divulgar imagens das celas.
As defesas dos generais Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e de Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, ambos integrantes do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, apresentaram recursos buscando a absolvição e uma redução na pena, respectivamente. A defesa de Heleno alega que ele necessita de cuidados devido à sua idade avançada, podendo requerer prisão domiciliar. Paulo Sérgio Nogueira contesta o cálculo de sua pena e solicita que, caso não seja absolvido, a pena seja reduzida para 16 anos e quatro meses, considerando os crimes pelos quais foi condenado.
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