Lula garante defesa de empresas e cidadãos após tarifa dos EUA

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou neste sábado, 12 de julho, que o Brasil adotará medidas para proteger a população e os setores produtivos diante da tarifa de 50% anunciada pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A sobretaxa incide sobre produtos brasileiros e está prevista para entrar em vigor em 1º de agosto, embora ainda dependa da assinatura de uma ordem executiva. Lula afirmou que o Brasil está pronto para responder com equilíbrio e dentro dos marcos legais, reforçando a importância da soberania nacional e o respeito às instituições brasileiras.
A tarifa foi comunicada por Trump em uma carta endereçada diretamente ao presidente brasileiro. No documento, o ex-líder norte-americano criticou o julgamento de Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal e classificou o processo como uma perseguição política. Lula respondeu dizendo que as declarações representam uma vergonha internacional e insinuou que a atuação de Eduardo Bolsonaro, deputado federal e filho do ex-presidente, teria influenciado a decisão de Trump.
O governo brasileiro anunciou que irá recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC), alegando que não há justificativa técnica para a imposição da tarifa. Segundo dados do Ministério da Fazenda, os Estados Unidos registraram superávit na balança comercial com o Brasil em 2024, o que contradiz a alegação de prejuízos econômicos usada por Trump. A avaliação preliminar do governo é que o impacto sobre o Produto Interno Bruto será moderado, com setores como aviação, máquinas industriais, carne, café e suco de laranja entre os mais afetados.
O episódio gerou forte repercussão política e econômica. A oposição responsabiliza o governo petista pela deterioração das relações com Washington, enquanto apoiadores de Lula acusam a família Bolsonaro de comprometer a imagem do país no exterior. Nas redes sociais, o Partido dos Trabalhadores lançou a campanha #DefendaOBrasil para mobilizar sua base e fortalecer o discurso de defesa da soberania nacional. A tensão diplomática entre Brasil e Estados Unidos reacende a disputa política interna e amplia a batalha por narrativas em um cenário global cada vez mais polarizado.
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