Ministério da Saúde anuncia que SUS vai oferecer teste de diagnóstico precoce para TEA
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Profissionais da atenção primária passarão a aplicar o teste de triagem para detecção de sinais de Transtorno do Espectro Autista (TEA) em crianças com idade entre 16 e 30 meses. A iniciativa, estabelecida pela nova linha de cuidado para TEA divulgada pelo Ministério da Saúde, visa possibilitar intervenções e estímulos precoces aos pacientes antes mesmo do fechamento do diagnóstico. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destaca a importância do diagnóstico precoce e das intervenções a fim de contribuir para a autonomia e a interação social futura das crianças com TEA.
Estima-se que 1% da população brasileira viva com TEA, sendo que 71% desses indivíduos apresentam outras deficiências, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Diante disso, o Ministério da Saúde reforça a necessidade de ações integradas via Sistema Único de Saúde (SUS) para garantir um cuidado abrangente e eficaz a esses pacientes. A nova linha de cuidado orienta gestores e profissionais de saúde sobre a organização da rede de atendimento, que deve englobar desde a atenção primária até os serviços especializados, com foco no rastreio precoce e na imediata assistência aos pacientes com TEA.
O teste de triagem, conhecido como M-Chat, tem como objetivo identificar sinais de autismo em crianças nos primeiros anos de vida. A detecção precoce permitirá que os profissionais encaminhem e orientem as famílias sobre os estímulos necessários caso sejam identificados indícios de TEA. Além disso, o Ministério da Saúde disponibilizou estímulos e terapias para essas crianças no Guia de Intervenção Precoce atualizado, que está em consulta pública a partir de agora.
Outra proposta do governo é o fortalecimento do Projeto Terapêutico Singular (PTS), que prevê a elaboração de um plano de tratamento individualizado em conjunto com equipes multiprofissionais e famílias. A nova linha de cuidado também aborda os fluxos de encaminhamento para os Centros Especializados em Reabilitação (CER) e para os serviços de saúde mental, caso seja identificado algum sofrimento psíquico nos pacientes com TEA. A atenção às famílias, o acolhimento e o suporte também são enfoques destacados no programa, reconhecendo o papel fundamental dos pais e cuidadores no desenvolvimento das crianças com TEA.
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