Oficiais da Força Aérea de Israel pedem fim da guerra em Gaza

ICARO Media Group TITAN






Cerca de 1,2 mil oficiais da Força Aérea de Israel, entre reservistas e militares da ativa, assinaram uma carta aberta endereçada ao governo e ao comando do Estado-Maior israelense nesta terça-feira (26), solicitando o término das operações militares na Faixa de Gaza. Os militares argumentam que o conflito transformou-se em uma disputa política que não atende mais aos interesses de segurança nacional do Estado judeu. A carta, divulgada antecipadamente pelo jornal israelense Haaretz, destaca a preocupação com a vontade da maioria da opinião pública, alertando para o risco de mortes de reféns, soldados e civis inocentes, além da possível ocorrência de crimes de guerra.
A postura dos oficiais da Força Aérea reflete uma crescente mudança de perspectiva em diversos setores da sociedade israelense, especialmente após a intensificação das operações militares em Gaza e os alertas sobre escassez de alimentos e recursos básicos no território palestino. Uma pesquisa recente realizada pelo Canal 12 revelou que 61% dos entrevistados desejam o término das hostilidades e o retorno dos reféns, enquanto apenas 25% apoiam a continuidade das ações militares e a ocupação de Gaza, posições defendidas pelo Gabinete de Netanyahu.
Críticas à guerra em Gaza não são novidade em Israel. Após a onda inicial de apoio à ofensiva militar em resposta a um ataque terrorista do Hamas em outubro de 2023, diversos grupos da sociedade civil passaram a defender a interrupção do conflito e o resgate dos reféns por meio de negociações, em detrimento de uma vitória militar a todo custo. O ex-diretor do Shin Bet e chefe da Marinha israelense, Ami Ayalon, havia defendido essa abordagem em entrevista à jornalista Christiane Amanpour, da CNN, contrastando com a postura do governo atual.
Figuras proeminentes, como o ex-primeiro-ministro Ehud Olmert e o líder do partido de oposição Os Democratas, Yair Golan, têm se posicionado publicamente contra as ações militares em curso, acusando o governo de cometer crimes de guerra em Gaza. Com o número de palestinos mortos ultrapassando 54 mil desde o início do conflito, a crítica a Israel internacionalmente cresce, e a insatisfação dentro do país se evidencia em protestos e manifestações que pedem o fim das hostilidades na região.
Quer ficar informado? Siga a TITAN no WhatsApp , Facebook , X , BlueSky , Threads e Telegram .


