Operação da PF investiga prefeito de Macapá por fraude em obra de hospital
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Na manhã desta quarta-feira, a Polícia Federal deflagrou a Operação Paroxismo em Macapá, com o intuito de desvendar um esquema de fraude em licitação, desvio de recursos públicos e lavagem de capitais relacionado a uma concorrência pública conduzida pela Secretaria Municipal de Saúde. O contrato em questão, firmado em maio de 2024, foi de R$ 69,3 milhões.
Durante a operação, 11 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Macapá, juntamente com dois em Belém. O prefeito de Macapá, Dr. Furlan (MDB, na foto), foi um dos alvos das buscas, juntamente com a secretária municipal de Saúde, Érica Aymoré. Ressalta-se que o grupo investigado utilizava táticas de dissimulação patrimonial, incluindo transações em dinheiro vivo e movimentações bancárias.
Segundo as investigações, há suspeitas de um esquema criminoso envolvendo agentes públicos e empresários, direcionando a licitação, desviando recursos públicos e efetuando pagamentos irregulares no projeto de engenharia e execução das obras do Hospital Geral Municipal da cidade. Como parte do esquema, um dos investigados teria sacado cerca de R$ 9 milhões em espécie, além de usar mecanismos para ocultar a origem ilícita dos valores.
A obra do Hospital Geral Municipal de Macapá, alvo da investigação, contou com recursos provenientes de emendas de ex-deputadas federais, um senador e um deputado. O atraso na conclusão da obra foi motivo de questionamentos para o prefeito, que no mês de agosto passado reagiu a jornalistas fisicamente após ser abordado sobre o assunto. A Polícia Federal segue apurando o caso para esclarecer os fatos e responsabilidades envolvidas na fraude em licitação e desvio de recursos públicos.
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