Operação em São Paulo mira esquema do PCC em combustíveis e jogos de azar
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Uma nova operação foi desencadeada nesta quinta-feira (25) por integrantes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), da Receita Federal, da Secretaria da Fazenda, da Procuradoria-Geral do Estado de SP e da Polícia Militar. A Operação Spare teve como alvo um esquema de exploração de jogos de azar e venda de combustíveis adulterados, que utilizava a mesma fintech suspeita de lavar dinheiro para o Primeiro Comando da Capital (PCC). No total, foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão em diversas cidades.
Segundo o Ministério Público, Flávio Silvério Siqueira, conhecido como "Flavinho", é apontado como chefe do esquema e suspeito de lavar dinheiro do crime organizado por meio de postos de combustíveis. Familiares de Siqueira e outras pessoas são citados como possíveis laranjas do esquema. A investigação teve início com a apreensão de máquinas de cartão em casas de jogos clandestinos em Santos, no litoral paulista, que estavam vinculadas à empresa Ponto Mingatto Ltda.
As autoridades apreenderam uma máquina de pagamentos em um imóvel em Santos, onde funcionava uma casa de jogos de azar. Essa máquina estava registrada em nome do Auto Posto Carrara Ltda. Após a quebra de sigilo, foi revelado que ambos os postos transferiam valores recebidos para a fintech BK Bank, responsável por ocultar a origem ilícita e a destinação final do dinheiro. A investigação da Spare identificou uma "complexa rede de pessoas físicas e jurídicas" envolvidas no esquema, destacando vínculos com empresas do ramo hoteleiro, postos de combustíveis e instituições de pagamento.
A Operação Spare é um desdobramento da Operação Carbono Oculto, que desmantelou um esquema bilionário de sonegação fiscal, fraudes e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis infiltrado pelo PCC. Segundo o Ministério Público, ambas as operações revelaram as operações do PCC envolvendo fintechs do sistema financeiro da Faria Lima.
As medidas cautelares da Spare, que deveriam ter sido realizadas conjuntamente com a Carbono Oculto, foram inicialmente indeferidas pela Justiça de 1º grau, sendo necessária a intervenção do Tribunal de Justiça para sua autorização. Ao todo, foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Santo André, Barueri, Bertioga, Campos do Jordão e Osasco.
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