Policial civil afastado por envolvimento em assassinato do delator do PCC
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Um policial civil de São Paulo foi afastado de suas funções após ter sido flagrado em imagens no aeroporto de Guarulhos horas antes do assassinato do delator do PCC Antônio Vinicius Gritzbach, 38 anos. O policial utilizava uma viatura descaracterizada e com placas adulteradas, sendo posteriormente visto tirando fotos do corpo da vítima e fazendo selfies no local. As informações foram divulgadas pelo programa Fantástico, da Rede Globo.
As imagens mostraram que o investigador Alfredo Raspa da Silva foi avistado com o veículo por volta das 14h06 no terminal 2 do aeroporto. Posteriormente, o carro foi visto em uma rodovia próxima, cujo acesso dá ao aeroporto. A placa do veículo estava adulterada, com a letra F sendo trocada pela letra A, possivelmente com fita adesiva. Silva é membro do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), departamento que teve policiais delatados pelo próprio Gritzbach, embora não haja menção ao nome do investigador entre os agentes citados.
De acordo com a reportagem, Silva afirmou à Corregedoria que utilizava o veículo de forma particular e teria adulterado a placa com o intuito de passar despercebido. Ele justificou estar de férias e com um voo marcado para Porto Alegre, atribuindo a confusão do terminal à perda do voo. Mesmo após o ocorrido, permaneceu no aeroporto até as 20h, tentando adquirir outra passagem. A viatura em questão não teve seu uso registrado na corporação, e Silva negou qualquer envolvimento com o crime, alegando ter fotografado o corpo por motivos profissionais.
A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo se pronunciou afirmando que os fatos estão sendo investigados pela Corregedoria da Polícia Civil. O policial em questão prestou depoimento e seguirá afastado de suas funções operacionais até o término das investigações. Gritzbach foi assassinado com dez tiros ao sair do desembarque do terminal 2 do aeroporto. Após uma viagem a Alagoas com sua namorada, homens encapuzados atiraram conta o delator, resultando também em ferimentos em outras três pessoas, sendo que uma delas, o motorista de aplicativo Celso Araújo Sampaio de Novais, 41 anos, veio a falecer no dia seguinte.
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