Prazo para defesa de Bolsonaro explicar possível fuga acaba hoje

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está em prisão domiciliar desde 4 de agosto de 2025, após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), considerar que ele descumpriu medidas cautelares que o proibiam de usar redes sociais, manter contato com investigados e participar de manifestações públicas. A decisão determinou uso de tornozeleira eletrônica, restrição de visitas e apreensão de celulares.
Além disso, Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foram indiciados por coação no curso do processo que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado. Segundo a Polícia Federal, os dois teriam atuado para intimidar ministros do STF e parlamentares, buscando interferir na ação penal que tem julgamento previsto para setembro.
As suspeitas de fuga ganharam força após a PF encontrar no celular do ex-presidente um rascunho de pedido de asilo político ao governo argentino de Javier Milei. O documento, com 33 páginas, não está assinado nem datado, mas sugere que Bolsonaro cogitava deixar o Brasil alegando perseguição política. Moraes destacou que a existência desse texto reforça os indícios de que havia intenção de evasão do território nacional.
Outro ponto considerado grave foi a continuidade de contatos entre Bolsonaro e outros réus do inquérito, algo proibido pelas medidas cautelares. Mensagens divulgadas revelaram orientações sobre publicações em redes sociais, o que indica tentativa de influenciar a opinião pública mesmo após a imposição das restrições.
A defesa de Bolsonaro tem até hoje, sexta-feira, às 20h34, para apresentar explicações à Polícia Federal. Após esse prazo, a Procuradoria-Geral da República terá o mesmo tempo para se manifestar. O resultado dessa etapa pode definir os próximos passos do processo e o futuro judicial do ex-presidente.
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