Procurador-geral deve entregar nos próximos dias parecer sobre trama golpista
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O procurador-geral da República, Paulo Gonet, está prestes a entregar o parecer decisivo na ação penal 2.668, que investiga uma suposta trama golpista envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. O prazo para a apresentação das alegações finais se encerra neste sábado (12/7), sendo prorrogado para segunda-feira (14/7) devido ao fato de cair em um fim de semana. Após essa etapa, inicia-se o prazo para a defesa do ex-ajudante de ordens e delator do caso, Mauro Cid, e posteriormente para as demais defesas, incluindo a defesa de Bolsonaro.
Segundo as informações divulgadas, o julgamento de Bolsonaro e dos demais réus pode acontecer entre agosto e setembro deste ano. O processo está sendo conduzido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) também envolve outros investigados, organizados em diferentes núcleos, totalizando sete integrantes da alta cúpula do governo de Bolsonaro.
Durante a fase dos depoimentos, os réus negaram qualquer participação em atividades golpistas, defendendo-se das acusações feitas pela PGR. Bolsonaro afirmou no interrogatório que sempre agiu de acordo com a Constituição e que as discussões sobre possíveis "hipóteses" de contestação do resultado das eleições foram descartadas rapidamente. Além disso, ele destacou que as conversas nesse sentido tinham "tom de desabafo" e não passaram disso.
Os integrantes do chamado "núcleo 1" da suposta trama golpista, que inclui Bolsonaro, foram interrogados pela Primeira Turma do STF. Neste grupo, encontra-se Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha, acusado de ter apoiado a tentativa de golpe, e Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, apontado como assessor legal de Bolsonaro na execução do plano. Mauro Cid, o ex-ajudante de ordens e delator do caso, também foi mencionado por participar de reuniões relacionadas ao golpe, conforme a PGR.
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