Segundo servidor é afastado em esquema de venda de decisões no STJ

ICARO Media Group TITAN








O Superior Tribunal de Justiça (STJ) instaurou um processo administrativo disciplinar na última sexta-feira (25) e determinou o afastamento cautelar de mais um servidor suspeito de participação em um esquema de venda de decisões nos gabinetes. A servidora afastada atuava no gabinete do ministro Moura Ribeiro. Anteriormente, o STJ já havia afastado um servidor que passou pelos gabinetes de duas ministras e dois desembargadores de Mato Grosso que atuavam como juízes auxiliares na Corte.
O tribunal tomou a medida como forma de ampliar as investigações sobre o esquema, que ganhou destaque com novos detalhes revelados pelo UOL em diálogos que expõem a prática. Em comunicado, o STJ afirmou que até o momento não há indícios de envolvimento de ministros. O processo disciplinar seguirá com as etapas de instrução, defesa e relatório, garantindo assim os esclarecimentos necessários e o contraditório.
O segundo processo disciplinar foi aberto após a sindicância identificar indícios do envolvimento dessa servidora em um esquema articulado por um lobista, flagrado em diálogos com um advogado, antecipando minutas de decisões e indicando influência em gabinetes da Corte. As suspeitas de irregularidades atingiram os gabinetes de cinco ministros do STJ: Moura Ribeiro, Nancy Andrighi, Isabel Gallotti, Og Fernandes e, mais recentemente, Antônio Carlos Ferreira, conforme revelado pelo UOL.
O lobista alvo das investigações possui um patrimônio milionário, com propriedades que incluem aviões, mansão e resort. A Polícia Federal realizou buscas na casa do lobista, suspeito de desvios de cota parlamentar. Um ministro solicitou ao STJ a apuração sobre o vazamento de minutas para o lobista, enquanto mensagens apontam a suspeita de venda de decisão em outro gabinete do STJ.
Quer ficar informado? Siga a TITAN no WhatsApp, Facebook, X, BlueSky, Threads e Telegram



