STF forma maioria para manter prisão preventiva de Jair Bolsonaro
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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro. O caso foi analisado em plenário virtual, modelo no qual não há discussão entre os ministros. Até o momento, manifestaram-se os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin. A decisão contou com a maioria dos votos, e falta apenas a manifestação da ministra Cármen Lúcia. Com a saída de Luiz Fux, única voz dissonante do colegiado, a decisão de manter Bolsonaro preso tende a ser unânime.
O ministro Alexandre de Moraes defendeu a manutenção da prisão preventiva de Bolsonaro, citando a reiterada violação de medidas cautelares e o descumprimento da tornozeleira eletrônica de forma consciente. Moraes ressaltou que o ex-presidente confessou ter mexido no equipamento, demonstrando falta grave e desrespeito à Justiça. Por sua vez, o ministro Flávio Dino também mencionou a violação da tornozeleira e a convocação de uma vigília por parte do filho do ex-presidente.
As fugas recentes de aliados, como Carla Zambelli, Alexandre Ramagem e Eduardo Bolsonaro, foram apontadas por Dino como evidências de deslealdade com as instituições. O ministro argumentou que a atuação descontrolada de grupos de apoiadores do ex-presidente aumenta o risco de violações e confrontos, podendo resultar em situações semelhantes às ocorridas em janeiro. Dino destacou a possibilidade de invasão da residência do ex-presidente, colocando em risco a segurança de policiais e moradores.
O ex-presidente encontra-se preso desde sábado na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, após violar a tornozeleira eletrônica. A defesa de Bolsonaro alega que a ação foi resultado de uma confusão mental provocada por medicamentos. A decisão da Primeira Turma do STF, incluindo o voto de Alexandre de Moraes pela manutenção da prisão preventiva, foi crucial para a continuidade da detenção do ex-presidente. A análise ocorreu no plenário virtual e encerrou-se às 20h.
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