Ultrafarma teria omitido 60% do faturamento em esquema fiscal
ICARO Media Group TITAN

Um amplo esquema de corrupção envolvendo grandes empresas de São Paulo e servidores públicos veio à tona nas últimas semanas, revelando fraudes fiscais bilionárias. No centro das investigações está o auditor fiscal da Secretaria da Fazenda, Artur Gomes da Silva Neto, apontado como o líder da operação ilegal que beneficiava companhias como a varejista Fast Shop e a rede de farmácias Ultrafarma.
De acordo com o Ministério Público, Artur cobrava até 40% de comissão sobre os valores restituídos às empresas, em troca de garantir “risco zero de fiscalização” e agilizar a liberação de créditos de ICMS. Ele controlava todo o processo, desde a orientação sobre os pedidos até a aprovação, muitas vezes elaborando pessoalmente as solicitações fraudulentas.
Além do auditor, também foram presos Mário Otávio Gomes, diretor da Fast Shop, e Sidney Oliveira, dono da Ultrafarma. Trocas de e-mails apreendidas confirmam a relação direta entre os executivos e Artur. Segundo os investigadores, esse é apenas o início da apuração de um esquema que pode ultrapassar R$ 1 bilhão em vantagens ilícitas.
A Ultrafarma aceitou pagar R$ 32 milhões para evitar um processo, após denúncia de sonegação feita pelo ex-proprietário da rede Farma Conde. Já a Fast Shop declarou estar colaborando integralmente com as autoridades.
A Secretaria da Fazenda instaurou procedimento disciplinar contra o auditor e informou que está à disposição do Ministério Público para colaborar com as investigações, que agora se estendem a outras empresas suspeitas de envolvimento no esquema.
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