União Brasil antecipa saída do governo e dá 24 horas para entrega de cargos

O partido União Brasil surpreendeu ao decidir antecipar a saída de seus filiados do governo e exigir a entrega de cargos em um prazo de 24 horas. Anteriormente, a legenda havia estipulado o final do mês como prazo limite para a renúncia dos cargos. A medida foi confirmada pelo presidente nacional do partido, Antônio Rueda, que destacou que a determinação também se aplica ao ministro filiado ao partido, Celso Sabino, do Turismo.

Uma normativa interna do partido, divulgada recentemente, prevê punições para os membros que não solicitarem a exoneração de seus cargos, com a abertura de processos disciplinares. A decisão de desvincular-se do governo acontece em meio a notícias que associam o presidente do partido, Antônio Rueda, ao crime organizado de São Paulo. Segundo reportagens publicadas pelo UOL e pelo ICL, aeronaves supostamente ligadas a Rueda teriam sido utilizadas pelo PCC.

Em repúdio às acusações, Rueda negou possuir a posse de aeronaves e reforçou veementemente sua inocência em relação a qualquer envolvimento com atividades ilícitas. Por meio de uma nota pública, o União Brasil expressou solidariedade ao seu presidente diante das notícias falsas veiculadas, apontando para uma possível tentativa de desgastar a imagem da principal liderança do partido.

Com a terceira maior bancada na Câmara dos Deputados, o União Brasil anunciou uma futura federação com o PP, visando ampliar sua influência e participação política. A sigla conta com 59 deputados e 7 senadores, sendo considerada peça-chave na governabilidade do governo federal. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, rebateu as acusações feitas pelo partido, ressaltando que o governo não tem responsabilidade pelas publicações que associaram Rueda a investigações criminais.

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