Home
Notícias
Ponto Nemo: O local mais distante da terra firme
Notícias

Ponto Nemo: O local mais distante da terra firme

publisherLogo
Recreio
14/06/2025 12h00
icon_WhatsApp
icon_facebook
icon_email
https://timnews.com.br/system/images/photos/16543380/original/open-uri20250614-18-12qxm2n?1749903657
©Reprodução
icon_WhatsApp
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE

O polo oceânico de inacessibilidade, também conhecido como Ponto Nemo, é a região no oceano mais distante de terra firme que existe em nosso planeta. Ele fica no sul do Oceano Pacífico, equidistante (ou seja, tem a mesma distância) a aproximadamente 1,6 mil quilômetros da costa de três ilhas: a Ducie, na Polinésia; a Motu Nui, na Ilha de Páscoa — Chile; e a Maher, na Antártica.

A região habitada mais próximo do Ponto Nemo está localizada a 2,7 mil quilômetros dali. Devido a isso, as pessoas mais próximas da região são os astronautas. Isso porque a Estação Espacial Internacional percorre a órbita terrestre a uma distância e 416 quilômetros do nível do mar, no máximo.

Acredita-se que poucos seres sobrevivam na região. Isso porque ela fica dentro do giro do Pacífico Sul e recebe forte corrente oceânica circumpolar antártica. As águas do giro são estáveis e tem temperatura média de 5,8° graus Celsius na superfície e a corrente rotatória impede a entrada de águas mais frias e ricas em nutrientes. Já o isolamento terrestre impede o vento de levar grandes quantidades de matéria orgânica — logo, há pouco alimento disponível.

Contudo, algumas criaturas sobrevivem em pontos dali: o Ponto Nemo está próximo ao extremo sul de uma linha submarina de atividade vulcânica que marca a fronteira entre as placas tectônicas do Pacífico e de Nazca. Devido à quantidade de magma que se instala nas fissuras e cria sistemas de ventilação que expelem água quente e minerais, facilita a proliferação de bactérias. As bactérias, por sua vez, sustentam animais maiores, como o caranguejo-yeti (observado pela primeira vez em 2005).

Não se sabe a quantidade, mas muito lixo está acumulado no entorno dali, sendo o maior no centro do Giro do Pacífico Sul (a 2,5 mil quilômetros do Ponto Nemo). O material que mais aparece ali é o plástico, que é carregado pelas correntes marinhas da costa e de navios. As correntes e a luz solar fragmentam o lixo em pequenos pedaços, os quais são prejudiciais ao meio ambiente. Por isso devemos reciclar os plásticos ao invés de descartá-los em qualquer lugar!

Consultoria: Luigi Jovane (Instituto Oceanográfico da USP), Mariana Coppede Cussioli (oceanógrafa) e Rafael Varela (Museu do Instituto Oceanográfico da USP).

Leia a matéria original aqui.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
icon_WhatsApp
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE
Confira também