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Astrônomos avistam objeto que pode ter vindo de fora da galáxia
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Astrônomos avistam objeto que pode ter vindo de fora da galáxia

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Aventuras Na História
03/07/2025 17h05
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https://timnews.com.br/system/images/photos/16554381/original/open-uri20250703-36-nkdw5j?1751562614
©Getty Images
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Recentemente, astrônomos descobriram um novo objeto que, segundo suas análises, pode ser mais uma evidência de que "vagantes interestelares" são frequentes em nossa galáxia.

Designado inicialmente como A11pl3Z e agora conhecido como 3I/Atlas, o objeto foi identificado pelo telescópio do Asteroid Terrestrial-impact Last Alert System (Atlas) localizado em Río Hurtado, Chile, na última terça-feira.

De acordo com informações da Nasa, a análise de dados coletados por diversos telescópios antes da descoberta permitiu rastrear o objeto até o dia 14 de junho. Desde então, observações adicionais foram realizadas, possibilitando traçar a trajetória do visitante intergaláctico.

Atualmente, o objeto se encontra a aproximadamente 668 milhões de quilômetros do Sol e está se movendo na direção da constelação de Sagitário. Ele se desloca a cerca de 60 quilômetros por segundo em relação ao Sol, seguindo uma órbita hiperbólica altamente incomum.

Isso sugere que, assim como 'Oumuamua, avistado em 2017, e o cometa 2I/Borisov, observado em 2019, este corpo celeste também tem origens distantes.

O Dr. Mark Norris, professor sênior de astronomia na Universidade de Central Lancashire, afirmou ao jornal: "Se confirmado, será o terceiro objeto interestelar conhecido que descobrimos fora do nosso sistema solar, fornecendo mais evidências de que tais visitantes intergalácticos são relativamente comuns em nossa galáxia."

Origem

Ainda não está claro qual é a natureza exata deste novo visitante. No entanto, o Centro de Planetas Menores já indicou sinais preliminares de atividade cometária, observando a presença de uma coma marginal e uma cauda curta. Por conta disso, o objeto também recebeu a designação C/2025 N1.

Alguns especialistas estimam que o corpo celeste pode ter até 20 quilômetros de diâmetro — um tamanho maior do que o asteroide que causou a extinção dos dinossauros não-avianos. Apesar disso, os cientistas asseguram que não há motivo para preocupação entre os habitantes da Terra.

Imagem de radar do corpo celeste - David Rankin/Observatório Saguaro

A Nasa informou em comunicado: "O cometa não representa uma ameaça à Terra e permanecerá a uma distância mínima de 1.6 unidades astronômicas [cerca de 240 milhões de quilômetros]."

Colin Snodgrass, professor de astronomia planetária na Universidade de Edimburgo, indicou ao The Guardian que o objeto pode ser menor do que se supõe inicialmente.

Baseando-se no brilho relatado nas primeiras observações, isso poderia corresponder a um asteroide de 20 quilômetros se assumirmos propriedades típicas. Contudo, somente se considerarmos que é um asteroide e não um cometa," explicou.

"Relatos sobre uma pequena cauda semelhante à de um cometa sugerem que grande parte do brilho provém da coma (atmosfera) de poeira ao redor do objeto, indicando que seu núcleo sólido provavelmente é menor", conclui.

A Nasa também informou que o objeto atingirá sua aproximação máxima ao Sol por volta do dia 30 de outubro, passando a cerca de 209 milhões de quilômetros da estrela — uma distância equivalente à órbita de Marte. Após essa passagem, espera-se que o cometa deixe nosso sistema solar e retorne ao cosmos.

Norris comentou: "À medida que se aproxima do Sol, espera-se que ele brilhe mais intensamente, especialmente se confirmar ser um cometa ao invés de um asteroide. Quando atingir sua aproximação máxima, será um alvo relativamente fácil para astrônomos amadores observarem."

Jake Foster, astrônomo do Observatório Real de Greenwich, afirmou ao Guardian: "No momento, não se espera que o cometa seja visível a olho nu; no entanto, deverá ser observado através de telescópios amadores adequados entre o final de 2025 e início de 2026. À medida que forem feitas novas observações nas próximas semanas, teremos uma ideia melhor sobre sua visibilidade real."

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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